Presos no exterior, alguns dos suspeitos de participar do ataque cibernético à C&M Software (relacionada ao Pix), que resultou no roubo de pelo menos R$ 800 milhões, em julho, podem ser extraditados para o Brasil. O pedido feito pela Polícia Federal (PF) consta nos mandados judiciais cumpridos no último dia 30 de outubro.
Na ocasião, foi deflagrada a segunda fase da Operação Magna Fraus, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado em fraudes contra bancos. Realizada em vários estados e outros países, a ação levou à prisão de 21 pessoas, das quais duas foram detidas na Argentina e seis na Espanha.

O que é necessário para a extradição?
Como destaca a CNN, o pedido de extradição dos suspeitos do ciberataque à C&M Software foi feito para que eles respondam aos crimes na justiça brasileira. No entanto, a solicitação ainda precisa passar por análise do judiciário e do governo para que seja iniciado o procedimento.
- As etapas do trâmite também variam de acordo com o país em que os detidos estão — neste caso, Argentina e Espanha;
- Dessa forma, ainda não há um prazo definido para que todo o processo seja finalizado;
- Vale lembrar que a operação cumpriu um total de 26 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão;
- Durante os trabalhos, os policiais apreenderam 15 carros de alto padrão, mais de R$ 1 milhão em criptomoedas e artigos de luxo como bolsas, joias, tênis e sapatos.
Também foi feito o bloqueio judicial de 26 imóveis e outros bens, totalizando R$ 640 milhões. O grupo pode responder pelos crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação, os suspeitos são acusados de desviar R$ 813 milhões de contas usadas por instituições de pagamento e bancos para o gerenciamento de transferências via Pix de clientes. Autorizada pelo Banco Central, a C&M Software é responsável por intermediar a ligação entre essas empresas e o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
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