O Pix bateu um novo recorde de operações, de acordo com o Banco Central: foram 290 milhões de transações apenas na última sexta-feira (5). O recorde anterior era de junho deste ano, com 276,7 milhões de operações.
O valor da sexta-feira também é o maior já registrado para um único dia, somando R$ 164,8 bilhões.
Banco Central destacou recorde do Pix
As 290 milhões de operações somaram R$ 164,8 bilhões, dois recordes em um único dia. No recorde anterior, de junho, as 276,7 milhões de transações somaram R$ 135,6 bilhões.
Em nota, o Banco Central destacou que o feito é “mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para o funcionamento da economia nacional”.
Pix agora tem limite para transações
Na sexta-feira, o Banco Central endureceu as regras do Pix, com o anúncio da criação de um teto para transações feitas a partir de instituições de pagamento não autorizadas e nas que se conectam à Rede do Sistema Financeiro Nacional via PSTI (Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação).
O objetivo da medida é aumentar a segurança dos usuários e do próprio sistema, evitando a lavagem de dinheiro pelo crime organizado.
O BC decidiu que o valor de TED e Pix para estas instituições ficará limitado a R$ 15 mil. Em caso de transações de valores maiores, será necessário fazer mais de uma operação para atingir o montante desejado.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que 99% das transações de pessoas jurídicas estão abaixo desse teto. E que a ideia é identificar movimentações suspeitas com maior facilidade, especialmente as feitas pelo crime organizado.
Nada muda para os principais bancos do país, uma vez que estas instituições estão entre as autorizadas pelo BC.
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Recorde acontece em meio à investigação do Pix
- Os dois recordes do Pix na última semana aconteceram em meio à ofensiva dos Estados Unidos contra o sistema de pagamentos;
- A ação foi aberta pelos americanos no âmbito da Seção 301 da Lei de Comércio, base usada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para justificar seu tarifaço sobre produtos brasileiros, acusando o país de práticas desleais;
- O Brasil se defende. O governo Lula enviou ao Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) uma defesa formal contra acusações de práticas desleais de comércio em meados de agosto;
- O documento diz que a Seção 301 é um instrumento “unilateral e inconsistente” e que o Pix mantém um regime comercial “aberto e baseado em regras”. E que suas práticas são “razoáveis, justas, equitativas e não discriminatórias”.
Confira os detalhes sobre a defesa brasileira neste link.
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