Planeta Terra pode voltar a ser o que era há 2 bilhões de anos

A Terra é rica em oxigênio. Sabemos bem disso, já que o elemento está presente no ar que respiramos e é essencial para vivermos no planeta. No entanto, isso não deve durar para sempre: um estudo previu que, no futuro, a atmosfera terrestre voltará a ser rica em metano e pobre em oxigênio.

A boa notícia é que isso deve demorar mais um bilhão de anos (ou até mais). A má notícia é que, quando a desoxigenação começar, deve acontecer bem rápido e levará a Terra a um estágio semelhante ao que era há 2,4 bilhões de anos.

Declínio do CO2 levará à redução dos organismos fotossintetizantes… que levará à redução no oxigênio (Crédito: Marharyta Kovalchuk – Shutterstock)

Oxigênio da Terra vai acabar

A previsão foi feita por uma pesquisa publicada em 2021, que voltou à tona recentemente por suas implicações no estudo de vida extraterrestre (falaremos mais sobre isso abaixo).

O cientista ambiental Kazumi Ozaki, da Universidade de Toho (Japão) e líder do estudo, explicou que, por muito tempo, a expectativa de vida da biosfera da Terra se embasou no brilho do Sol e no ciclo global de carbonato-silicato (que compõem minerais naturais e implica a presença de água). No entanto, isso também depende dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera e do aquecimento global.

Vale lembrar que, com menos dióxido de carbono, temos menos organismos fotossintetizantes, como plantas… o que resulta em menos oxigênio.

Através de modelos detalhados, ele e sua equipe concluíram que o declínio ainda demora pelo menos um bilhão de anos, mas, quando isso acontecer, levará o planeta a um estado semelhante ao que era há 2,4 bilhões de anos. Como lembrou o Science Alert, na época, a Terra passava pelo Grande Evento de Oxidação (GOE).

Declínio nos níveis de oxigênio e CO2 levarão a Terra a estágio bilenar (Imagem: Alones/Shutterstock)

O que isso significa

Para chegar nesses resultados, a equipe usou modelos detalhados da biosfera terrestre, levando em consideração as mudanças no brilho do Sol e a queda nos níveis de dióxido de carbono.

Outros estudos já haviam previsto que o aumento na radiação solar eliminaria as águas oceânicas em cerca de 2 bilhões de anos, o que levaria ao fim da humanidade. A pesquisa atual revelou que a extinção humana virá antes disso, com a redução no oxigênio da Terra.

Para se ter uma ideia, o cientista Chris Reinhard, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, explicou à New Scientist que, quando o declínio acontecer, será cerca de um milhão de vezes menos oxigênio do que existe hoje na atmosfera.

Leia mais:

Queda no oxigênio pode ajudar a encontrar vida extraterrestre

  • O estudo também propõe que é improvável que o oxigênio seja uma característica determinante em mundos habitáveis;
  • Agora, telescópios cada vez mais modernos e poderosos estão entrando em operação, e ajudarão a procurar bioassinaturas que indicam a presença de vida fora da Terra;
  • Ozaki e Reihard lembram que a presença do elemento na nossa atmosfera corresponde a apenas 20% ou 30% da vida total da Terra… e mesmo depois do fim da humanidade, vida microbiana continuará existindo;
  • Ou seja, no final das contas, talvez oxigênio não está entre os indicativos de vida.

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