O plástico é um dos principais componentes para a fabricação de diferentes produtos no mercado, como brinquedos, celulares e notebooks. Com o avanço tecnológico e a preocupação com o meio ambiente, o item tradicional, feito de petróleo, vem sendo substituído aos poucos, dando lugar para o chamado plástico do futuro.
Acontece que o plástico obtido por meio do petróleo é um item que pode trazer prejuízos à natureza. Isso porque ele demora muito para se decompor, podendo levar até 100 anos. Durante esse período, gera um acúmulo grande de lixo e acaba poluindo ainda mais oceanos, rios e solos, o que afeta a fauna terrestre e marinha.
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Grandes marcas já iniciaram a utilização do plástico do futuro
Por isso, grandes marcas do mercado já começaram a se movimentar. Em agosto deste ano, por exemplo, a Lego, fabricante de blocos de montar feitos de plásticos interligados, anunciou que vai substituir recursos fósseis na fabricação de peças por plásticos renováveis e reciclados.
Também visando a sustentabilidade, a Mattel, também empresa de brinquedos, já se comprometeu a utilizar plásticos 100% reciclados, recicláveis ou de base biológica em todos os seus itens até 2030. Na tecnologia, o plástico do futuro também já vem sendo usado.
No ramo tecnológico, a Samsung está há alguns anos utilizando materiais reciclados na fabricação de seus produtos. Dentre eles estão os smartphones Galaxy S23 5G, lançados no início de 2023, e o notebook premium da linha Galaxy Book3, o Galaxy Book3 Ultra, o qual possui componentes feitos de plásticos reciclados, obtidos de garrafas de tereftalato de polietileno (PET), redes de pesca descartadas e barris de água.
O que são os plásticos do futuro?
Os plásticos do futuro são plásticos obtidos por meio de matéria-prima biodegradável ou até mesmo reciclados. Eles desaparecem mais rápido da natureza, evitando o acúmulo de lixo.
Opções de plásticos do futuro
Existem diferentes tipos de plásticos que vêm sendo produzidos para benefícios do planeta. A seguir, conheça algumas opções.
Plásticos biodegradáveis: são feitos com fontes renováveis de origem natural, como mandioca, beterraba e milho ou sintética. Eles ficam menos no ambiente, já que podem ser biodegradados por algas, bactérias e fungos, convertendo-se em biomassa, água e dióxido de carbono, evitando a geração de microplásticos.
Plásticos reciclados: traz a vantagem de economizar energia elétrica durante todo o tempo de produção. Além disso, ajuda na redução do consumo de petróleo. Para se ter ideia, a fabricação de 1000 kg de plástico reciclado, poupa a utilização de 130 quilos de petróleo.
Plástico verde: é um polietileno produzido a partir do etanol da cana-de-açúcar, de origem renovável e 100% reciclável. Uma de suas grandes vantagens é que ele não agrava o aquecimento global do planeta. O único problema desse plástico é que ele não é biodegradável, ou seja, vai ficar por muito tempo na natureza, o que pode contribuir para o acúmulo de lixo.
Plástico renovável: este tipo é produzido a partir de plantas. Uma das grandes vantagens do item é que ele captura o gás carbônico no processo de produção.
Impacto do plástico do futuro
A construção do aparelho passa por poucas mudanças. No entanto, a fabricação deles por meio do plástico do futuro pode acarretar mudanças importantes em relação aos impactos ambientais.
Para se ter ideia, a produção de um novo celular tem cerca de 85% a 95% das emissões totais de CO² que o item vai emitir em sua vida útil. A produção por meio do plástico do futuro reduz isso consideravelmente.
Outro ponto positivo é que o item pode ser descartado de forma rápida para um processo de reciclagem tradicional. Em resumo, a expectativa é que a utilização do plástico do futuro na fabricação de celulares e notebooks ajude a tornar o planeta mais sustentável e até mesmo aumente a vida útil do aparelho.
O post Plástico do futuro: como aposta da Lego pode mudar celulares e notebooks apareceu primeiro em Olhar Digital.