Políticos solicitam ao Pentágono que Xiaomi e DeepSeek sejam boicotadas dos EUA

Na última sexta-feira (19), nove legisladores estadunidenses escreveram uma carta endereçada ao Governo dos Estados Unidos. O documento solicita ao Pentágono que inclua a Xiaomi e o DeepSeek numa lista de empresas que supostamente apoiam o exército militar chinês. A informação é da Reuters.

O objetivo desta lista é incluir as empresas na Seção 1260H: um conglomerado de nomes de companhias alegadamente conectadas ao aparato militar chinês e que atuam, direta ou indiretamente, no território norte-americano. Esta, no entanto, ainda não é considerada uma sanção formal. Mas inserir tais companhias nesta seção visar informar aos fornecedores de produtos dos EUA sobre ‘possíveis’ riscos de segurança.

Além das duas empresas citadas, a BOE Technology Group também entrou na jogada, companhia responsável pelo desenvolvimento de telas e displays.

Para quem tem pressa:

  • Nove legisladores estadunidenses assinaram uma carta de boicote a empresas chinesas de tecnologia e a endereçaram ao Pentágono dos EUA;
  • Documento vem logo em seguida de um projeto de lei instaurada por Donald Trump, que visa diminuir a dependência estadunidense pelo hardware chinês exportado; o que poderia fortalecer os fornecedores locais.
Presidente Donald Trump (Imagem: Joshua Sukoff / Shutterstock.com)

Leia mais:

Boicote dos EUA ao hardware chinês

O pedido de incluir essas companhias veio logo em seguida de o presidente Donald Trump assinar um orçamento de US$ 1 trilhão para despesas militares. Esse projeto de lei também inclui priorizar o desenvolvimento de hardware em solo americano, o que auxiliaria a diminuir a dependência do Estado em importar peças chinesas.

Uma vez que uma empresa é posta nesta lista, os militares estadunidenses e outros fornecedores dos EUA são informados sobre a opinião do Governo sobre os ‘riscos’ de incluir dispositivos delas em seu arsenal tecnológico. Por esse motivo, a empresa chinesa Hesai processou os EUA há alguns meses pelo comportamento.

Pessoa com celular da Xiaomi (Imagem: 8th.creator / Shutterstock)

A esperança do governo de Trump é que estas empresas chinesas sejam retiradas da lista de fornecedores oficiais até o ano de 2030. A título de comparação, a BOE fabrica peças essenciais para a construção dos iPhones da Apple, um dos celulares de maior lucro desenvolvido nos EUA e exportado para o mundo todo.

Outros nomes que participaram da lista de empresas boicotadas foram:

  • WuXi AppTec;
  • GenScript Group;
  • RoboSense;
  • Livox;
  • Unitree Robotics;
  • CloudMinds;
  • Hua Hong Semiconducto;,
  • Shennan Circuit Co;
  • Kingsemi Co.

Dentre os políticos que assinaram a carta endereçada ao Pentágono, estão:

  • John Moolenaar (deputado de Michigan);
  • Rick Scott (senador da Flórida);
  • Rick Crawford (deputado do Arkansas);
  • Andrew Garbarino (deputado de Nova Iorque);
  • Rob Wittman (Deputado da Virgínia);
  • Bill Huizenga (deputado de Michigan);
  • Dusty Johnson (deputado de Dakota do Sul);
  • Darin LaHood (depupado de Illinois);
  • Andy Ogles (Deputado do Tennessee).

O que são a Xiaomi e a DeepSeek?

Logos da Xiaomi e DeepSeek, respectivamente (Imagens: Xiaomi e DeepSeek)

Xiaomi é uma empresa chiensa desenvolvedora e exportadora de diferentes tipos de tecnologia, como smartphones, patinetes elétricos, notebooks, tablets, Smart TVs, relógios e pulseiras inteligentes, câmeras, roteadores e muito mais. Detém uma forte presença na Ásia, Europa e América Latina.

Já a DeepSeek é um laboratório chinês que desenvolve modelos de IA generativa, seja para análise de dados ou para modelos de linguagem (como chatbots).

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