Por dentro do Vibes da Meta: como funciona o novo feed de IA no estilo TikTok

A Meta lançou nesta semana o Vibes, um feed de vídeos curtos gerados por inteligência artificial (IA) dentro do aplicativo Meta AI e no site “meta.ai”. Segundo a empresa, a ideia é permitir que usuários criem conteúdos do zero ou remixem produções já existentes, adicionando música, imagens e estilos antes de compartilhar nas próprias plataformas da Meta, como Instagram e Facebook.

O recurso substitui o antigo feed Discover, que mostrava conversas de usuários com a IA e os prompts mandados para a plataforma. Esse espaço ganhou fama por exibir interações engraçadas, estranhas ou até constrangedoras, além de gerar dúvidas sobre privacidade.

Agora, com o Vibes, a Meta aposta em transformar essa vitrine em algo mais focado na criação de vídeos, ao mesmo tempo em que reforça sua estratégia para se firmar no campo da IA.

Vibes substitui o Discover, aposta em remixes criativos e reforça estratégia da Meta em IA

O Vibes chega como a evolução do espaço social que a Meta vinha testando no aplicativo da sua IA. Se antes o Discover exibia prompts e conversas completas com a IA, agora a aposta é nos vídeos curtos gerados por algoritmos, em linha com o formato que domina plataformas como TikTok e Instagram (nos Reels).

(Imagem: Divulgação/Meta)

A mudança reflete a tentativa da empresa de transformar a curiosidade inicial dos usuários num ambiente de criação e compartilhamento mais direto e visual.

Como o Vibes da Meta funciona

O Vibes funciona como um feed no qual usuários encontram vídeos curtos gerados por IA produzidos tanto por criadores de conteúdo quanto por “comunidades”, explica a Meta em comunicado.

A ideia é que esse espaço sirva de vitrine para inspiração: se algum vídeo chamar a atenção, é possível criar algo parecido, remixar o conteúdo existente ou começar um projeto do zero.

Na prática, a ferramenta permite adicionar elementos visuais, inserir trilhas sonoras e ajustar estilos antes de publicar.

Integração com Instagram e Facebook

Um dos principais atrativos do Vibes é a possibilidade de integração direta com os aplicativos mais populares da Meta.

O Vibes, da Meta, deixa o usuário adicionar elementos visuais, inserir trilhas sonoras e ajustar estilos antes de publicar seu vídeo (Imagem: Divulgação/Meta)

Se um usuário se deparar com um vídeo de IA no Instagram, por exemplo, pode tocar nele e abrir a opção de remix no app Meta AI para criar sua própria versão a partir do conteúdo original. Essa dinâmica aproxima a experiência de criação da rotina já consolidada dos Stories e Reels.

Além disso, a Meta facilita o compartilhamento cruzado. Um vídeo produzido no Vibes pode ser publicado simultaneamente no próprio feed, enviado por mensagem direta ou repostado em outras plataformas da empresa, como Instagram e Facebook.

Substituição do Discover

O Vibes ocupa o espaço que antes era do feed Discover, recurso do app Meta AI criado para exibir prompts e interações de usuários com a IA.

No Discover, era comum encontrar desde perguntas triviais até conversas pessoais e imagens inusitadas, o que gerava tanto curiosidade quanto constrangimento.

A falta de clareza sobre a natureza pública do feed também levantou preocupações, o que levou a Meta a incluir avisos de privacidade para evitar que dados sensíveis fossem expostos.

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Reações e críticas

Como costuma ocorrer na maioria dos lançamentos com IA envolvida, o anúncio do Vibes dividiu opiniões.

  • De um lado: a iniciativa foi apresentada pela Meta como um espaço de criatividade, pensado para inspirar usuários e dar mais visibilidade ao potencial da IA para a produção de vídeos curtos.
  • Do outro: críticos apontaram que a novidade pode apenas aumentar a quantidade de conteúdos artificiais que já circulam pelas redes, sem necessariamente trazer valor.
Com o Vibes, o objetivo da Meta é fortalecer sua presença no mercado de IA (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

TechCrunch, por exemplo, classificou o feed como “AI slop”, termo usado para descrever material superficial e repetitivo. Nas próprias redes sociais da empresa, comentários de usuários refletiram esse ceticismo.

A Meta vem expandindo parcerias com geradores de imagens – por exemplo: o Midjourney, como lembrado pelo The Verge. Mas muitos questionaram a utilidade de um “TikTok de IA”. Goste você ou não, o objetivo da Meta é um só: fortalecer sua presença no mercado de IA.

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