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Por que a Meta está sendo obrigada a vender o Giphy?

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O órgão de Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) anunciou que a Meta teria que realizar a venda do Giphy, banco de GIFs adquirido pela empresa mãe do Facebook em maio de 2020 por US$ 315 milhões.

Em 2021, o CMA abriu uma investigação para analisar se a junção das empresas foi uma medida anti competitiva para outras companhias de mídia social. Em novembro, a decisão do CMA definiu que a Meta deveria realizar a venda do banco de GIFs.

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“Orientamos o #Facebook a vender o Giphy depois de descobrir que a aquisição poderia reduzir a concorrência entre as plataformas de mídia social e aumentar o já significativo poder de mercado do Facebook”, publicou a conta oficial do CMA no Twitter.

We’ve directed #Facebook to sell Giphy after finding the takeover could reduce competition between social media platforms and increase Facebook’s already significant market power. pic.twitter.com/yRaPxMR43z

— Competition & Markets Authority (@CMAgovUK) November 30, 2021

A Meta se recusou a cumprir a decisão do órgão europeu e recebeu uma multa de £ 50,5 milhões. A empresa de Mark Zuckerberg recorreu da decisão, mas a medida não resultou em nada, afinal o Tribunal de Apelação da Concorrência da Europa ficou ao lado do CMA. 

Após as contestações da Meta serem descartadas, a empresa argumentou que o Giphy tinha se tornado mais difícil de ser vendido, caso a venda tivesse sido realizada após a decisão do órgão de concorrência europeu em novembro de 2021, o prejuízo da Meta seria menor.

Em outubro de 2022, o CMA publicou a decisão final para que a big tech realize de uma vez por todas a venda do banco de GIFs. As justificativas revelam que a aquisição da Ghipy pela Meta aumentaria ainda mais seu poder no mercado ao limitar o acesso de outras mídias sociais ao popular banco de imagens que costuma ser utilizado por diferentes plataformas como Snapchat, TikTok e Twitter.

Além disso, a CMA concluiu que a fusão entre as empresas causaria um impacto negativo para o mercado de publicidade do Reino Unido, afinal impediu que diversas empresas pudessem usar o Giphy.

“Este acordo reduziria significativamente a concorrência em dois mercados. Isso já resultou na remoção de um concorrente em potencial em relação a anúncios gráficos do Reino Unido, ao mesmo tempo em que deu à Meta a capacidade de aumentar ainda mais seu substancial poder de mercado nas mídias sociais”, disse Stuart McIntosh, presidente do grupo de inquérito independente que conduz a investigação do CMA na conclusão do processo.

“A única maneira de resolver isso é com a venda do Giphy. Isso promoverá a inovação na publicidade digital e também garantirá que os usuários de mídia social do Reino Unido continuem se beneficiando do acesso ao Giphy.”

A pergunta que não quer calar: Como ficam os usuários do Giphy caso a venda seja concretizada? Isso ainda continua um mistério, que vamos acompanhar de perto e trazer as informações em primeira mão!

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