Por que gatos têm bigodes? Entenda para que servem esses pelos nos felinos

Na infância, quando alguém ia desenhar um gato, tinha sempre um detalhe que ninguém deixava passar. Mesmo com o traço simples, os bigodes estavam lá, espetados no rosto como se fossem fios rígidos saindo para todos os lados. É um daqueles elementos marcantes, quase caricatos. Eles parecem até exagerados, mas fazem parte da imagem que todo mundo tem de um gato.

Só que, tirando o visual curioso, você já se perguntou por que os gatos têm esses bigodes compridos e tão destacados? A resposta envolve muito mais do que aparência. Esses pelos têm funções importantes e são essenciais para o jeito como os gatos percebem o mundo.

Por que gatos têm bigodes?

Pegar animais mortos faz parte da origem ancestral dos gatos/shutterstock_LS92

Os bigodes dos gatos têm um nome técnico: vibrissas. E apesar de serem mais visíveis no focinho, eles não estão restritos a essa região. Também aparecem acima dos olhos, no queixo e até na parte de trás das patas dianteiras, onde funcionam como sensores adicionais durante a movimentação ou a caça.

Cada vibrissa é um fio mais espesso e profundo que os pelos comuns. Elas estão conectadas a terminações nervosas altamente sensíveis e funcionam como uma espécie de sensor tátil, permitindo que o gato perceba estímulos do ambiente com precisão. 

Para que servem esses pelos?

Abaixo, confira algumas das funções das vibrissas dos gatos:

Foto: TheCats/Shutterstock

Medir espaços e distâncias

Graças às vibrissas, os gatos conseguem medir espaços e distâncias para saber se conseguem passar por um lugar apertado. É uma espécie de régua natural, que os ajuda a evitar locais onde podem ficar presos.

O comprimento dos bigodes costuma acompanhar a largura do corpo do gato. Isso significa que, ao se aproximar de uma abertura estreita, os bigodes tocam as bordas antes que o corpo entre. 

Se os fios encostam dos dois lados, o gato entende que o espaço pode ser pequeno demais e evita seguir. Por isso, mesmo sem encostar o corpo, ele sabe se cabe ou não naquele vão.

Imagem: anto anto/Shutterstock

Se orientar em ambientes com pouca luz

É praticamente o que descrevemos acima, agora em cenários com pouca luz. Quando a iluminação é reduzida, os bigodes ajudam o gato a se orientar. Eles tocam objetos, paredes ou móveis e enviam ao cérebro informações sobre o ambiente. Assim, o gato consegue se mover com precisão, desviando de obstáculos com facilidade.

Mesmo em locais desconhecidos, ele é capaz de andar, pular e se deslocar com confiança, pois os bigodes oferecem uma leitura tátil constante do que está ao redor.

Conheça a Ilha dos Gatos. (Imagem: Freepik)

Percepção indireta de áreas mais quentes ou frias

Os bigodes não percebem a temperatura diretamente, mas são sensíveis a correntes de ar.

Ao detectar o fluxo e a direção do ar em movimento, as vibrissas ajudam o gato a identificar regiões mais quentes ou frias no ambiente, mesmo sem tocar em nada. Essa leitura do ar permite que o animal evite locais desconfortáveis ou busque áreas mais agradáveis.

Imagem: Magui RF / Shutterstock

Apoio na estabilidade e coordenação

Durante os movimentos, como saltos ou caminhadas em locais estreitos, as vibrissas enviam informações importantes sobre a posição do corpo em relação ao espaço. 

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Isso ajuda o gato a manter o equilíbrio, corrigir trajetórias e se movimentar com precisão, mesmo em situações delicadas.

(Imagem: Shutterstock)

Proteção do rosto contra partículas no ar

As vibrissas são tão sensíveis que conseguem detectar pequenas alterações no ar, como a aproximação de poeira. 

Quando essas partículas chegam perto do rosto, os bigodes percebem a movimentação e permitem que o gato reaja rapidamente, protegendo os olhos e o focinho antes mesmo do contato direto.

Fotografia de um gato com heterocromia (olhos de cores diferentes). Keith Kissel, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons.

A importância do bigode dos gatos

Viu como os bigodes dos nossos queridos bichanos são importantes? Por isso, nem pense em cortar esses pelos, hein!

As vibrissas funcionam como uma extensão do tato dos gatos. Elas ampliam a capacidade sensorial, permitindo que percebam estímulos invisíveis ou silenciosos, como correntes de ar, vibrações ou a presença de objetos próximos. Isso torna a interação com o ambiente mais rica e precisa.

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