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Por que tantos jovens têm colesterol alto no Brasil?

by Fesouza
6 minutes read

Cada vez mais jovens possuem o colesterol alto no Brasil. É isso que aponta uma pesquisa realizada pela Escola de Enfermagem da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) que, segundo parâmetros da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), 27% das crianças e adolescentes brasileiros apresentam o colesterol alto e 19,2% têm alteração no LDL, que é considerado o colesterol ruim. 

Apesar de praticamente não apresentar sintomas em crianças e adolescentes, o colesterol alto nessa faixa etária também é preocupante, pois pode haver o acúmulo de gorduras no sangue e nas artérias do coração, ocasionando problemas graves para a pessoa na vida adulta, como infarto. 

Mas, afinal, por que tantos jovens têm colesterol alto? Nas linhas a seguir, você verá alguns dos principais motivos. Continue a leitura e confira!

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Por que há tantos jovens com altos níveis de colesterol no Brasil?

É comum que as pessoas acreditem que o colesterol alto pode estar associado às condições de sobrepeso ou obesidade. Porém, isso é um mito, pois magros também podem ter níveis elevados. Sendo assim, há outros fatores que podem contribuir para o aumento deste composto no corpo de crianças e adolescentes. Confira a seguir!

1. Genética

edição genética
Edição genética – Imagem: Natali_Mis / iStock

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, pais que sofreram com problemas cardiovasculares e metabólicos relacionados ao colesterol alto antes de completar 60 anos têm maior probabilidade de que seus filhos apresentem os mesmos problemas. 

Por isso, se esse for o seu caso, é recomendável fazer o acompanhamento médico de seu pequeno e também estimulá-lo a realizar atividades que previnem o colesterol alto, como os exercícios físicos, além de adotar uma alimentação saudável. 

2. Má alimentação

criança na mesa com hamburguer, batata e suco
A alimentação influencia nos níveis de colesterol, além do histórico familiar
Imagem: pvproductions/Freepik

Segundo fala de Conceição Sena, nutricionista do CEJAM (Centro de Estudos e Pesquisas Dr João Amorim), no próprio site da organização, uma dieta rica em gordura saturada e trans é um dos principais fatores para a elevação do colesterol em crianças e adolescentes.

O órgão ainda destaca que 30% do colesterol do corpo humano é obtido por meio de alimentos. Sendo assim, quem consome comidas muito gordurosas tende a aumentar os níveis desse composto.

A nutricionista ainda complementa dizendo que o consumo de fast food e outros alimentos ultraprocessados diariamente podem contribuir para o aumento dos níveis de colesterol. Por isso, é essencial que os pais estejam atentos à alimentação dos filhos e incentivem a ingestão de comidas naturais, como frutas, grãos integrais, legumes, vegetais e outros produtos menos gordurosos. 

3. Sedentarismo

Imagem mostra criança com tablet deitada.
Estudos indicam que o excesso de tempo no tablet pode impactar o desenvolvimento social e a concentração das crianças (BAZA Production/Shutterstock)

Jovens que não se movimentam, ou seja, não realizam nenhum tipo de atividade física, têm maior probabilidade de ter suas taxas de colesterol elevadas. Isso porque, conforme a Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde, os exercícios físicos são responsáveis por queimar o colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL).

Um ponto importante ainda neste tópico é a utilização excessiva de telas, como TV, iPad, videogame e smartphones, pois esses dispositivos podem fazer com que o jovem fique horas entretido com eles e não pratique uma atividade física. 

4. Privação do sono

Garota cansada usando o celular na cama durante a madrugada.. / Crédito: Denis Mamin (Shutterstock/reprodução)
Garota cansada usando o celular na cama durante a madrugada.. / Crédito: Denis Mamin (Shutterstock/reprodução)

Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, mostrou que a privação do sono (dormir menos de seis horas por noite) em crianças entre cinco e sete anos pode resultar em diversos problemas, como doenças do coração e obesidade. 

Consequentemente, a obesidade abdominal tem chances de estar ligada o aumento do colesterol que pode se acumular nas artérias de crianças e até mesmo adolescentes.

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