Recentemente, o apresentador e chef de cozinha, Edu Guedes, foi diagnosticado com câncer de pâncreas após passar por uma intensa crise renal, a qual resultou em uma investigação que gerou a descoberta do tumor. O caso também despertou a curiosidade das pessoas em relação ao que é essa doença, quais são as principais causas, sintomas e outras informações.
Na sequência deste conteúdo, o Olhar Digital vai destrinchar os detalhes em relação ao câncer de pâncreas. Continue a leitura e confira!
Câncer de pâncreas: causas, sintomas e tratamentos

Primeiramente, saiba que o pâncreas é um órgão que fica no meio da barriga (intra-abdominal), especificamente atrás do estômago e entre o baço e o intestino delgado. Ele tem como função produzir enzimas e insulina para ajudar na digestão de gorduras. O câncer nessa região é um tumor que, inicialmente, evolui sem dar muitos sinais, mas em um estágio avançado gera diversos sintomas.
De acordo com o Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia dos Estados Unidos, a doença surge das células do ducto pancreático, que é o duto de ligação entre o pâncreas e o duto biliar, responsável por fornecer sucos pancreáticos e ajudar na digestão. A seguir, saiba quais são as causas, sintomas e tratamentos para a doença.
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Causas
Ainda conforme informações do Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia dos Estados Unidos, 10% dos casos possuem causa genética, como associação com síndromes. Entre elas estão a de Lynch, Von Hippel-Lindau e Peutz-Jeghers.

Além disso, quem fuma corre sérios riscos de desenvolver a doença, pois 20% dos cânceres de pâncreas são gerados pelo tabagismo. Pessoas com diabetes, pancreatite crônica, infecção por Helicobacter pylori, cirrose hepática e obesidade também têm grande probabilidade de desenvolver o câncer.
Outros fatores de risco são ter mais de 55 anos, ser um profissional com grande exposição a substâncias químicas na indústria metalúrgica e lavagem a seco, consumir álcool em excesso, ser sedentário, beber muito café, comer carne vermelha em excessivamente e tomar muito refrigerante.
O Hospital Albert Einstein ainda complementa como possíveis causas o consumo de alimentos processados, gorduras saturadas e defumados como o presunto e bacon. Além disso, o governo brasileiro afirma que os cânceres de ovário e mama hereditários associados aos genes BRCA1, BRCA2 e PLAB2 são síndromes de predisposição genética que também podem estar ligados ao câncer de pâncreas.
Sintomas

Conforme a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, há vários sintomas de câncer de pâncreas. Porém, eles não são específicos apenas dessa doença. Entre eles estão a falta de apetite, pele amarelada, perda de peso, dores nas costas e/ou abdominais, urina escura, fezes claras e/ou oleosas, além de coceira na pele.
A pessoa também pode sofrer com náuseas e vômitos devido à pressão que o tumor pode gerar sobre o estômago. Outro sintoma é o aumento da vesícula biliar, que geralmente ocorre quando há uma obstrução do ducto biliar. Também pode ocorrer a trombose venosa profunda, um coágulo sanguíneo na veia da perna. Ele pode causar dores, ficar avermelhado, quente e até inchado.
A diabetes mellitus também pode ser um sinal da doença, já que ela pode comprometer as células responsáveis pela produção de insulina. Com isso, a pessoa ainda pode sentir mais fome, ir ao banheiro mais vezes para urinar e ter bastante sede.
Diagnóstico

Em caso de suspeita, a pessoa precisa passar por diversos exames e procedimentos. É o que diz o Hospital Albert Einstein. Entre eles estão a tomografia computadorizada, ressonância magnética e/ou ultrassonografia para visualização do órgão, o que permite que os médicos descubram se há anomalias no local.
Podem ser realizados também exames de sangue com o objetivo de conferir os níveis sanguíneos e ver se há taxas alteradas que podem remeter ao câncer de pâncreas. A ecoendoscopia e endoscopia são outros exames que ajudam no diagnóstico, pois examinam o órgão e colhem amostras de tecido para uma biópsia, procedimento no qual analisam o material em um laboratório para verificar se há ou não câncer.
Outro procedimento é a laparoscopia, uma pequena cirurgia feita por meio de um corte mínimo na barriga para inserir um tubo com uma câmera no local e examinar o pâncreas de maneira direta, além de ver outras partes abdominais.
Tratamento

Ainda segundo o artigo do Hospital Albert Einstein, o tratamento pode ser realizado de diferentes maneiras. Nos casos em que a doença está no estágio inicial, a cirurgia pode ser feita para remoção do tumor, os linfonodos e o órgão.
Mas além do processo cirúrgico, há a quimioterapia, um meio para destruir as células cancerígenas do estômago e impedir que elas cresçam e se espalhem. Outro procedimento é a radioterapia, que usa a radiação de alta energia de maneira direcionada e controlada para eliminar as células cancerígenas do órgão.
Os médicos ainda podem optar por utilizar a terapia-alvo, a qual atua por meio de medicamentos que ajudam a matar as células cancerígenas ou, ao menos, reduzir o tumor.
Sim. Inclusive, de acordo com o Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia, a taxa de sobrevida global é de apenas 6%.
Conforme orientação do governo brasileiro, a principal forma de prevenção é adotar um estilo de vida saudável, evitando o uso de tabaco e mantendo o peso corporal adequado para sua altura e estrutura física.
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