As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
Quando uma mutação interfere nos genes que regulam o ciclo celular ou a reparação do DNA, uma célula pode passar a se multiplicar sem controle, ignorando os sinais naturais de parada ou destruição. Isso leva à formação de tumores sólidos ou, em alguns casos, à proliferação de células malignas no sangue. Damos a esse processo o nome de câncer.
O câncer é uma condição caracterizada pelo crescimento descontrolado de células em praticamente qualquer tecido do corpo humano. Ao contrário de doenças localizadas, o câncer não se limita a um único tipo celular ou órgão.
Existem mais de cem tipos diferentes, incluindo cânceres de pele, pulmão, mama, próstata, fígado, cérebro e até mesmo do sangue, como as leucemias. Essa diversidade se explica pelo fato de que qualquer célula pode sofrer alterações genéticas capazes de transformar seu funcionamento normal.
Por isso, é importante saber que não existe apenas um tipo de câncer de pele. Essa categoria engloba diferentes formas da doença, que variam em gravidade, aparência, letalidade e formas de tratamento.
Entender essas diferenças é fundamental para o reconhecimento precoce, a escolha do tratamento adequado e o alcance do estado de remissão câncer tratamento. É exatamente isso que vamos descobrir juntos hoje.
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O que é o câncer de pele?
O câncer de pele ocorre quando células da pele têm crescimento desordenado e formam tumores que podem invadir tecidos e órgãos, causando danos graves e até a morte.
A principal causa é a exposição excessiva ao sol sem proteção resultando em mutações no DNA das células cutâneas. No entanto, pessoas com pele clara, histórico de queimaduras solares, uso de camas de bronzeamento ou histórico familiar têm maior predisposição.
A prevenção envolve uso regular de protetor solar, chapéus, roupas protetoras e evitar exposição nos horários de pico solar. O diagnóstico é feito por dermatologistas que avaliam lesões suspeitas através de exame clínico e muitas vezes realizam biópsias.
O tratamento varia conforme o tipo e estágio, podendo incluir remoção cirúrgica, terapia fotodinâmica, radioterapia, quimioterapia tópica e imunoterapia. Muitos casos são curáveis quando detectados precocemente, e o acompanhamento pós-tratamento é essencial para evitar recidivas.
Quais os tipos de câncer de pele?
Basal cell carcinoma (carcinoma basocelular)
Esse é o tipo mais comum de câncer de pele. Caracteriza-se por uma lesão que geralmente aparece como um nódulo perolado ou uma mancha rosada que pode ulcerar. Ele cresce de forma lenta e raramente se espalha para outras partes do corpo.
No entanto, se não for tratado, pode causar danos significativos lesando nervos e ossos. O diagnóstico é feito por exame clínico e confirmação histológica por biópsia. O tratamento habitual é a remoção cirúrgica, excisão simples ou cirurgia de Mohs, dependendo do tamanho e localização. A taxa de cura é muito alta quando removido precocemente.
Squamous cell carcinoma (carcinoma espinocelular)
Esse é o segundo tipo mais comum. Manifesta-se como um nódulo firme avermelhado ou uma mancha escamosa que pode sangrar ou ulcerar. Ele tem maior potencial de se espalhar em comparação ao basocelular, especialmente quando localizado em lábios, orelhas ou em pacientes imunocomprometidos.
O diagnóstico também inclui exame clínico e biópsia. O tratamento inclui excisão cirúrgica, radioterapia ou terapias tópicas. A taxa de cura é boa em casos iniciais, porém é necessário acompanhamento cuidadoso devido ao risco de metástase.
Melanoma
O melanoma é o tipo mais agressivo e perigoso de câncer de pele. Ele se origina nos melanócitos, células produtoras de pigmento, e pode aparecer como uma mancha escura ou uma lesão nova com bordas irregulares, cores variadas e diâmetro maior que seis milímetros.
Esse câncer tem alto potencial de invasão e metástase, podendo atingir órgãos internos. Seu diagnóstico envolve dermatoscopia e biópsia excisional. O tratamento inicial é cirúrgico com margens amplas, seguido por imunoterapia, quimioterapia ou terapias-alvo em estágios avançados.
A taxa de sobrevivência de cinco anos varia de quase cem por cento em casos iniciais a cerca de vinte e cinco por cento quando disseminado.
Merkel cell carcinoma
O carcinoma de células de Merkel é raro, mas extremamente agressivo. Ele aparece como um nódulo firme perolado vermelho/púrpura que cresce rapidamente em áreas expostas ao sol em pessoas com mais de cinquenta anos ou com sistema imunológico deficiente.
O diagnóstico exige biópsia e exames de imagem para avaliar possíveis metástases. O tratamento combina cirurgia, radioterapia e imunoterapia em função do estágio da doença. A taxa de mortalidade é significativamente maior do que a do melanoma, sendo considerada três a cinco vezes mais letal.
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