No próximo dia 7 de setembro, um eclipse lunar total vai escurecer a Lua cheia diante dos olhos atentos de quem estiver na Ásia, na Austrália, no leste da África e em parte do Oriente Médio. O evento será transmitido ao vivo pelo Olhar Digital a partir das 14h (horário de Brasília).
O fenômeno, que sempre atrai olhares curiosos, já inspirou mitos e lendas por séculos, sendo o terror dos lobisomens e motivo de fascínio para os amantes da astronomia.
Afinal, não é todo dia que a Lua cheia desaparece ou ganha tons avermelhados no céu noturno. Vamos entender melhor esse espetáculo da natureza que pinta o céu com sombras e mistério?
Quais os tipos de eclipse lunar
Nem todo eclipse lunar é igual. Dependendo da posição da Terra, do Sol e da Lua, o espetáculo pode assumir formas bem diferentes: algumas mais discretas, outras de tirar o fôlego.
Quando ouvimos falar em eclipse lunar, logo pensamos na Lua de Sangue. Mas esse é só um dos tipos possíveis. Existem outras versões do fenômeno que passam quase despercebidas. Descubra agora os diferentes tipos desse evento cósmico.
Eclipse lunar penumbral
O eclipse penumbral acontece quando a Lua atravessa apenas a penumbra da Terra, que é a parte externa e mais tênue da sombra projetada pelo nosso planeta. Nessa condição, a Lua não desaparece nem muda radicalmente de cor, mas seu brilho pode parecer ligeiramente atenuado.
Como esse escurecimento é muito sutil, muitas vezes o fenômeno passa despercebido por quem observa o céu a olho nu. É o tipo mais comum de eclipse lunar, mas também o menos perceptível. Embora não impressione visualmente, ele representa um importante estágio nas chamadas temporadas de eclipse.
Eclipse lunar parcial
No eclipse parcial, parte da Lua adentra a umbra da Terra, que é a região central e mais escura da sombra projetada. Nesses casos, uma fração do disco lunar fica visivelmente encoberta, formando um contorno escuro e bem definido sobre a superfície iluminada da Lua.
Esse tipo de eclipse é mais fácil de ser percebido e costuma render boas imagens mesmo com equipamentos simples. A intensidade da sombra depende do quanto do disco lunar é encoberto. Pode durar desde alguns minutos até cerca de uma hora, dependendo do alinhamento dos corpos celestes envolvidos.
Eclipse lunar total
O eclipse total ocorre quando a Lua é completamente envolvida pela umbra da Terra. Nessa condição, o satélite adquire uma coloração avermelhada ou acobreada, um efeito causado pela dispersão da luz solar na atmosfera terrestre. Esse fenômeno é conhecido popularmente como “Lua de Sangue” e pode durar mais de uma hora.
É o tipo mais dramático e visualmente impressionante de eclipse lunar, com ampla visibilidade sempre que ocorre à noite em determinada região. No dia 7 de setembro, será exatamente esse tipo que poderá ser observado no céu.
Durante um eclipse total, a Lua não desaparece por completo porque a luz do Sol é refratada pela atmosfera da Terra, que atua como uma lente e projeta tons avermelhados na superfície lunar. É esse efeito que transforma a Lua em um disco vermelho-escuro ou cor de cobre.
Esse fenômeno óptico é o mesmo que deixa o céu avermelhado durante o pôr do sol. Outra curiosidade é que os eclipses lunares sempre ocorrem com intervalo de cerca de duas semanas em relação a um eclipse solar, formando pares astronômicos dentro de uma mesma temporada.
Curiosidades do eclipse lunar
O eclipse lunar total será visível completamente na maior parte da Ásia, Rússia, Austrália e leste da África. Em outras regiões, como o Oriente Médio e a África Central, ele será parcialmente visível.
Eclipses lunares ocorrem apenas durante a fase de Lua cheia, e mesmo assim não em todos os meses. Isso se deve ao fato de a órbita lunar estar inclinada cerca de cinco graus em relação à órbita da Terra em torno do Sol.
Com isso, só há alinhamento perfeito entre os três astros em ocasiões específicas, chamadas de temporadas de eclipses. Em média, acontecem de dois a cinco eclipses lunares por ano, sendo que nem todos são visíveis de todos os pontos do planeta. A visibilidade depende do horário local e da posição da Lua no céu durante o fenômeno.
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Eventos como o eclipse total de 7 de setembro chamam a atenção justamente por serem relativamente raros em algumas regiões. Além disso, ao contrário dos eclipses solares, que exigem proteção para observação, os eclipses lunares podem ser vistos a olho nu com segurança, o que os torna acessíveis para qualquer pessoa interessada em fenômenos astronômicos.
A possibilidade de transmissão ao vivo, inclusive pela internet e redes sociais, também tem ampliado o alcance desses eventos, permitindo que mais pessoas acompanhem o espetáculo, mesmo que o céu esteja encoberto onde moram.
Com informações de Space.com.
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