Home Variedade Quais são as estradas mais perigosas do Brasil? Veja o ranking das 10 piores para dirigir

Quais são as estradas mais perigosas do Brasil? Veja o ranking das 10 piores para dirigir

by Fesouza
12 minutes read

Viajar de carro pelo Brasil pode ser uma experiência única, mas também arriscada. Segundo levantamentos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Confederação Nacional do Transporte (CNT), algumas das principais rodovias federais concentram altos índices de acidentes, mortes e problemas de infraestrutura. 

Muitas estradas continuam entre as mais críticas do país, especialmente pela combinação de tráfego intenso, pista simples e condições climáticas adversas.

Neste artigo, reunimos as 10 rodovias mais perigosas do Brasil, de acordo com o Anuário 2024 da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que reúne dados oficiais sobre acidentes e ocorrências nas estradas do país.

BR-101 (Santa Catarina: Morro dos Cavalos)

Estrada BR-101
BR-101 (Santa Catarina: Morro dos Cavalos) / Crédito: Kartado (reprodução)

A BR-101 é uma das mais movimentadas rodovias federais do Brasil e, em Santa Catarina, concentra um dos trechos mais perigosos: o Morro dos Cavalos, entre Palhoça e Paulo Lopes. 

O fluxo chega a ultrapassar 390 mil veículos em datas de pico, embora o volume médio diário gire em torno de 22 mil fora de temporada. As encostas instáveis tornam a região vulnerável a deslizamentos e quedas de barreiras, que frequentemente resultam em interdições e congestionamentos quilométricos. 

Em abril de 2024, por exemplo, um deslizamento bloqueou totalmente a via por mais de 50 horas, evidenciando a fragilidade da infraestrutura diante do intenso tráfego turístico e logístico.

BR-116 (SP–PR: Régis Bittencourt)

Estrada BR-116
BR-116 (SP–PR: Régis Bittencourt) / Crédito: Kartado (reprodução)

Conhecida como Régis Bittencourt, a BR-116 é fundamental para ligar São Paulo a Curitiba e segue até o Rio Grande do Sul. O trecho da Serra do Cafezal é historicamente lembrado pelos acidentes graves e pelas dificuldades do relevo. 

A rodovia recebe cerca de 127 mil veículos por dia, sendo grande parte caminhões de carga. Neblina, pista escorregadia e curvas acentuadas aumentam o risco de acidentes, mesmo após a duplicação de trechos críticos. 

Antes das obras, o Cafezal registrava congestionamentos que podiam se estender por horas e acidentes fatais eram frequentes. Ainda hoje, áreas de escape são acionadas constantemente por motoristas em perigo.

BR-381 (MG: Rodovia da Morte)

Estrada BR-381
BR-381 (MG: Rodovia da Morte) / Crédito: Kartado (reprodução)

Popularmente conhecida como “Rodovia da Morte”, a BR-381 corta Minas Gerais e conecta Belo Horizonte a Governador Valadares, além do trecho Fernão Dias, que liga São Paulo à capital mineira. 

Em média, passam cerca de 25 mil veículos por dia, mas o alto fluxo de caminhões, as curvas acentuadas e os aclives e declives tornam a viagem extremamente perigosa. 

O histórico de colisões frontais e saídas de pista justifica o apelido da rodovia, que há anos lidera o ranking de letalidade em Minas Gerais.

BR-040 (RJ–MG–GO–DF)

Estrada BR-040
BR-040 (RJ–MG–GO–DF) / Crédito: Kartado (reprodução)

A BR-040 conecta o Rio de Janeiro a Brasília, passando por Minas Gerais e Goiás. O trecho da Serra de Petrópolis é especialmente crítico, com curvas fechadas, clima instável e risco de deslizamentos. 

Apesar de projetos de duplicação, como a Nova Subida da Serra, muitas obras foram paralisadas, mantendo a rodovia vulnerável. Os acidentes graves na região são constantes e fazem parte da rotina de quem cruza esse eixo rodoviário estratégico.

BR-153 (Transbrasiliana)

Estrada BR-153
BR-153 (Transbrasiliana) / Crédito: Kartado (reprodução)

Cortando o Brasil do Tocantins ao Rio Grande do Sul, a BR-153, conhecida como Transbrasiliana, é estratégica para o transporte de cargas e passageiros. Apesar disso, boa parte da rodovia ainda é composta por pista simples, o que aumenta o risco de colisões frontais em ultrapassagens. 

Os fluxos variam conforme o estado, mas os registros de acidentes graves se repetem em diferentes trechos. Em 2024, a BR-153 ficou entre as que mais contabilizaram mortes, chamando atenção da PRF e motivando intensificação da fiscalização.

BR-163 (MT–MS–PA)

Estrada BR-163
BR-163 (MT–MS–PA) / Crédito: Kartado (reprodução)

A BR-163 é um dos principais corredores logísticos do país, conectando o agronegócio do Centro-Oeste ao porto de Santarém, no Pará. Durante a safra, o tráfego de caminhões se multiplica, e a ausência de duplicação em diversos trechos aumenta os riscos. 

Além disso, no Norte, chuvas intensas tornam a pista escorregadia e favorecem acidentes. Conhecida como “corredor da morte”, a rodovia registra engavetamentos e tombamentos frequentes, sobretudo em Mato Grosso do Sul. É também uma das que mais contabiliza mortes por ano.

Leia mais:

BR-316 (AL–PE–PI–PA)

Estrada BR-316
BR-316 (AL–PE–PI–PA) / Crédito: Kartado (reprodução)

Ligando Maceió a Belém, a BR-316 passa por áreas urbanas densamente povoadas, como regiões metropolitanas do Nordeste e do Pará. O tráfego elevado se mistura com travessias locais, veículos de carga e transporte urbano, o que torna a via uma das mais perigosas do país. 

A pista simples em boa parte do trajeto contribui para ultrapassagens arriscadas e colisões frontais. Em 2024, a PRF destacou os trechos do Piauí como críticos, com registros recorrentes de acidentes fatais.

BR-364 (GO–MT–RO–AC)

Estrada BR-364
BR-364 (GO–MT–RO–AC) / Crédito: Kartado (reprodução)

Conectando o Centro-Oeste à Amazônia Ocidental, a BR-364 tem longas retas, pista simples e grande fluxo de caminhões. A combinação torna ultrapassagens perigosas uma prática comum e arriscada. 

Durante o período chuvoso, a situação piora, principalmente em Rondônia e no Acre, onde a rodovia se transforma em palco de colisões graves e tombamentos. Não à toa, ela é considerada uma das mais letais do Norte do país.

BR-277 (Paraná)

Estrada BR-277
BR-277 (Paraná) / Crédito: Kartado (reprodução)

A BR-277 cruza o Paraná, ligando Foz do Iguaçu ao litoral, passando pela Região Metropolitana de Curitiba. O volume de veículos é intenso, tanto em áreas urbanas quanto nas rotas turísticas e logísticas. 

A rodovia sofre com neblina frequente, que já foi responsável por engavetamentos de grandes proporções. O caso mais grave ocorreu em 2020, em São José dos Pinhais, quando 8 pessoas morreram após um engavetamento em meio à neblina densa.

BR-262 (MS–MG–ES)

Estrada BR-262
BR-262 (MS–MG–ES) / Crédito: Kartado (reprodução)

Cortando o Brasil de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, até Vitória, no Espírito Santo, a BR-262 é uma das rodovias mais movimentadas para transporte de cargas, especialmente minério e grãos. 

No Pantanal, a presença de fauna na pista aumenta o risco de atropelamentos, enquanto em Minas Gerais e Espírito Santo, o grande volume de caminhões torna as colisões frontais recorrentes.

O post Quais são as estradas mais perigosas do Brasil? Veja o ranking das 10 piores para dirigir apareceu primeiro em Olhar Digital.

You may also like

Leave a Comment