As Sete Maravilhas do Mundo Antigo representam algumas das construções mais impressionantes da Antiguidade, lembradas até hoje como símbolos da engenhosidade humana. A lista reúne obras monumentais espalhadas por diferentes regiões.
Dessas sete obras monumentais, apenas uma sobreviveu ao tempo, guerras e desastres naturais: a Grande Pirâmide de Gizé, no Egito.
Neste artigo, vamos explicar por que ela é a única maravilha do mundo antigo que ainda existe, entender a origem das listas e apresentar também as chamadas Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
Qual é a única das sete maravilhas do mundo antigo que ainda existe?
A Grande Pirâmide de Quéops, localizada na Necrópole de Gizé, nos arredores do Cairo, foi construída por volta de 2550 a.C. para abrigar a tumba do faraó Quéops. É a maior das três pirâmides da região, ao lado das pirâmides de Quéfren e Miquerinos.
Originalmente, a estrutura tinha 146,6 metros de altura, sendo a construção mais alta do mundo por mais de 3.800 anos. Feita com cerca de 2 milhões de blocos de pedra calcária, sua engenharia ainda surpreende e confunde especialistas. Estudos sugerem que rampas, técnicas de fricção e organização de milhares de trabalhadores possibilitaram o feito.
Além de sua imponência física, a pirâmide simbolizava a religião egípcia. Os antigos egípcios acreditavam que o faraó se unia ao deus-sol Rá ao ser enterrado ali, garantindo sua ascensão ao divino. A orientação astronômica da pirâmide e sua possível ligação com constelações, como Órion, reforçavam a sacralidade do monumento.
Apesar dos saques ocorridos na Antiguidade, a Pirâmide de Gizé continua a transmitir seu legado à humanidade, sendo a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo ainda existente.
Como a Grande Pirâmide de Quéops permanece até hoje?
A Grande Pirâmide de Quéops resiste há mais de 4.500 anos graças à engenharia avançada dos antigos egípcios. Eles encaixaram enormes blocos de calcário e granito para formar uma estrutura triangular capaz de suportar ventos e erosão.
O deserto também ajuda a preservar a pirâmide, pois o clima seco reduz os danos naturais. Além disso, ao construir a pirâmide como um monumento funerário sagrado, os egípcios garantiram que ela permanecesse protegida de destruições intencionais ao longo da história.
Quais eram as sete maravilhas do mundo antigo?
No século XVI, historiadores consolidaram a lista das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, baseando-se em relatos gregos muito mais antigos. Eles escolheram as construções por sua grandiosidade, beleza e importância cultural. Eram elas:
- Grande Pirâmide de Gizé (Egito) – a única sobrevivente.
- Colosso de Rodes (Grécia) – estátua gigantesca de bronze, destruída por um terremoto.
- Farol de Alexandria (Egito) – guia de navegação, também arrasado por tremores.
- Mausoléu de Halicarnasso (Turquia) – tumba monumental, desmoronada por terremotos.
- Templo de Ártemis em Éfeso (Turquia) – destruído por incêndios e saques.
- Estátua de Zeus em Olímpia (Grécia) – feita por Fídias, desapareceu após incêndio.
- Jardins Suspensos da Babilônia (Mesopotâmia) – sua existência ainda gera debates entre historiadores.
Curiosamente, todas essas maravilhas coexistiram por menos de 60 anos, já que o Colosso de Rodes foi destruído pouco após sua construção.
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As Sete Maravilhas do Mundo Moderno
Séculos depois, a ideia das “maravilhas” retornou ao debate público. Diversas listas surgiram, como as Sete Maravilhas Medievais e as Sete Maravilhas Naturais. Mas a mais popular é a das Sete Novas Maravilhas do Mundo, escolhidas em 2007.
A instituição suíça New Open World Corporation organizou o projeto e mobilizou a votação popular pela internet e telefone, reunindo mais de 100 milhões de votos. Embora a UNESCO não tenha reconhecido oficialmente a iniciativa, ela ganhou enorme repercussão mundial.
Os organizadores retiraram a Necrópole de Gizé da competição e concederam a ela o título de Maravilha Honorária. As vencedoras foram:
- Grande Muralha da China (China) – extensa fortificação construída para defesa contra invasões, símbolo da resistência chinesa.
- Petra (Jordânia) – cidade esculpida em rochas rosadas, famosa por sua arquitetura monumental e valor histórico.
- Coliseu (Itália) – antigo anfiteatro romano em Roma, palco de batalhas de gladiadores e espetáculos públicos.
- Chichén Itzá (México) – complexo maia com a pirâmide de Kukulcán, exemplo de astronomia e arquitetura avançada.
- Machu Picchu (Peru) – cidade inca nas montanhas dos Andes, misto de templo, fortaleza e centro cerimonial.
- Taj Mahal (Índia) – mausoléu de mármore branco construído pelo imperador Shah Jahan em homenagem à esposa.
- Cristo Redentor (Brasil) – estátua de braços abertos no topo do Corcovado, ícone do Rio de Janeiro e do cristianismo.
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