Quanto GTA 6 vai custar? Bem, essa é uma pauta recorrente que precede um dos lançamentos mais aguardados de todos os tempos na indústria de games. No Checkpoint desta quinta-feira (16), inclusive, tivemos declarações fortes de um dos criadores da franquia Saints Row — que afirma ser justo pagar US$ 100 (ou cerca de R$ 600) pela sequência.
Certamente, o dia foi mais movimentado que isso. Também tivemos declarações de Hideo Kojima sobre o uso de inteligência artificial no desenvolvimento de jogos, que para ele pode ser um recurso precioso para cortar custos e tempo de tarefas mais tediosas da profissão.
Quer saber o que mais aconteceu no mundo dos games nesta quinta-feira (16)? Então prepara o cafezinho da tarde e acompanhe o Voxel por mais um Checkpoint!
GTA 6 ‘merece’ custar R$ 600, diz um dos criadores de Saints Row
Um dos criadores da franquia Saints Row, Chris Stockman, afirmou em entrevista ao Esports Insider que GTA 6 “merece” custar US$ 100 (cerca de R$ 600 na cotação atual). Segundo o desenvolvedor, a Rockstar Games e a Take-Two podem cobrar o valor que quiserem pelo título — que ele considera uma das maiores produções da história dos games.
Stockman, que foi diretor de design do primeiro Saints Row, destacou que o escopo e a magnitude do novo GTA justificam o preço mais alto, mas alertou que isso não deve se tornar um padrão na indústria. “Nem todos os jogos são criados iguais. Acho que GTA é o único que consegue se safar, e espero que consiga. Espero mesmo que seja US$ 100. Acho que merece ser US$ 100”, declarou.
O desenvolvedor relembrou ainda o impacto de GTA 3, lançado em 2001, afirmando que o título foi um divisor de águas para o gênero de mundo aberto. “Foi o jogo que me fez enxergar o futuro dos games”, disse Stockman. As previsões mais recentes indicam que GTA 6 pode arrecadar cerca de US$ 7 bilhões em até dois meses após o lançamento — previsto para maio de 2026.
Hideo Kojima afirma que IA é uma aliada nas tarefas ‘tediosas’ de desenvolvimento
O criador de Death Stranding e Metal Gear Solid, Hideo Kojima, comentou recentemente sobre o papel da inteligência artificial na produção de jogos, destacando que a tecnologia pode ser uma aliada em tarefas repetitivas e demoradas.
Em entrevista à Wired Japan, o diretor da Kojima Productions afirmou que a IA pode ajudar a reduzir custos e tempo de desenvolvimento, permitindo que as equipes se concentrem em aspectos mais criativos.
Segundo Kojima, o ideal é “cocriar com a IA” em vez de apenas utilizá-la como ferramenta. O desenvolvedor explicou que gostaria de delegar à tecnologia atividades que considera “tediosas”, como a sincronização labial em diferentes idiomas. “Muitas pessoas usam IA para gerar ideias criativas, mas eu a vejo como uma amiga, uma mão auxiliar que aumenta a eficiência”, disse o diretor.
Criador de Dead or Alive e diretor de Ninja Gaiden morre aos 58 anos
O designer e diretor japonês Tomonobu Itagaki, criador da franquia Dead or Alive e responsável por títulos como Ninja Gaiden, faleceu aos 58 anos. A informação foi divulgada pela Automaton Media, que compartilhou uma mensagem póstuma deixada pelo próprio desenvolvedor e publicada por um de seus entes queridos nas redes sociais.
“A chama da minha vida está prestes a se apagar… Tenho orgulho de ter lutado até o fim e seguido minhas convicções”, dizia o texto. Itagaki iniciou sua trajetória na Tecmo em 1992 como programador gráfico, trabalhando em Tecmo Super Bowl antes de alcançar destaque com o desenvolvimento do primeiro Dead or Alive.
Em 2001, assumiu o comando da Team Ninja, onde liderou projetos de sucesso, como Ninja Gaiden Black e Dead or Alive 4. O criador também participou de produções como Fatal Frame 2: Crimson Butterfly e Dead or Alive Xtreme Beach Volleyball.
Seu último trabalho creditado foi como conselheiro em Samurai Jack: Battle Through Time (2020). Ele deixa esposa e filha, a quem dedicou parte de sua carreira e de sua inspiração criativa.
Call of Duty só existe porque a EA foi ‘babaca’, diz responsável por Battlefield 6
O veterano dos jogos de tiro Vince Zampella, atual responsável por Battlefield 6, afirmou em entrevista que a franquia Call of Duty só existe devido a decisões equivocadas da Electronic Arts (EA) no início dos anos 2000.
O desenvolvedor, conhecido por sua trajetória em títulos como Medal of Honor: Allied Assault e Titanfall, comentou o episódio ao relembrar o período em que deixou a EA para fundar a Infinity Ward, estúdio que viria a criar uma das séries mais populares da indústria.
Segundo Zampella, o projeto que originou Call of Duty surgiu após desentendimentos com a EA, então detentora da marca Medal of Honor. “A única razão pela qual Call of Duty existe é porque a EA foi uma babaca”, afirmou o criador em entrevista ao Esports Insider. Na época, ele liderava o desenvolvimento de Allied Assault, título que chamou a atenção do diretor Steven Spielberg e redefiniu o gênero de tiro militar.
Após deixar a empresa, Zampella fundou a Infinity Ward e lançou o primeiro Call of Duty em 2003, consolidando o estilo cinematográfico que se tornaria marca da franquia. Hoje, ele supervisiona a produção de Battlefield 6 dentro da própria EA — em um retorno curioso às suas próprias origens.
Quantic Dream segue trabalhando em Star Wars Eclipse: ‘Ansiosos para mostrar mais’
A Quantic Dream confirmou que o desenvolvimento de Star Wars Eclipse segue em andamento e que o estúdio está “ansioso para compartilhar mais” sobre o projeto em breve. O jogo de ação e aventura ambientado na Era da Alta República foi anunciado em dezembro de 2021, mas desde então pouco se sabe sobre sua produção — que tem sido alvo de rumores sobre atrasos e dificuldades internas.
O fundador da Quantic Dream, David Cage, comentou brevemente sobre o andamento do título, afirmando que “o desenvolvimento de Star Wars Eclipse continua, e estamos ansiosos para compartilhar mais com vocês no futuro”. A declaração surge em meio a uma nova fase para o estúdio, conhecido por Detroit: Become Human, que também trabalha em um game multiplayer competitivo.
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