Uma equipe de pesquisadores de várias instituições na Suíça e nos EUA descobriu que a longevidade pode estar ligada a genética, ou seja, as pessoas que alcançam os 100 anos, por exemplo, podem ter particularidades genéticas que as ajudam a ter um bom envelhecimento.
Publicado na revista Science, a pesquisa questionou se algo no genoma desempenha um papel no tempo médio de vida de uma espécie. Os cientistas avaliaram o envelhecimento de mais de 3 mil camundongos e, a partir da análise de um conjunto de dados, observaram diversas informações genéticas associadas aos ratos mais longevos.
Imagem: shutterstock/Maria Sbytova
Segundo os resultados, a longevidade é influenciada por gênero – mas com variáveis genéticas, o que não permitiu dizer quem tem a probabilidade de viver mais. Eles também descobriram que os camundongos que pesavam mais durante os primeiros anos ou que tinham ninhadas menores tendiam a morrer mais jovens.
Foi observado ainda que, em alguns roedores, os genes relacionados ao envelhecimento pareciam permanecer adormecidos até os últimos estágios da vida, ou seja, provavelmente serão aqueles que terão problemas decorrentes do envelhecimento mais tarde.
De acordo com o Medical Xpress, que divulgou o estudo, o grupo também analisou os resultados dos camundongos com dados disponíveis em biobancos públicos de genes humanos. Alguns genes pareciam desempenhar o mesmo papel que os genes associados à idade em ratos. O mesmo padrão também foi encontrado em um tipo de verme – aqui, ao desativar alguns genes específicos de envelhecimento, a longevidade foi influenciada.
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Vale destacar que fatores externos, como o consumo de nutrientes no início da vida ou o ambiente, também foram considerados, por isso alguns resultados apresentaram dados variáveis e complexos. Para os pesquisadores, ainda não há uma boa explicação sobre por que os organismos envelhecem e por que alguns vivem mais do que outros, mas o estudo é mais um passo para provar que humanos e outros animais têm genes que desempenham um papel direto no controle dessa longevidade.
“Este estudo forneceu insights sobre os determinantes da longevidade, destacando mediadores genéticos que podem ser específicos de sexo ou idade e efeitos não genéticos, como acesso precoce a nutrientes. O conjunto combinado de informações reunidas a partir deste estudo e os dados externos constituem um recurso de construção de hipóteses para futuros estudos e terapias para envelhecimento, doenças relacionadas à idade e longevidade”, concluiu o artigo.
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