Quando todos os novos carros à venda serão elétricos?

Cada país ao redor do mundo já está definindo suas próprias metas de eletrificação na indústria de automóveis. O objetivo é comum a todos: emitir menos carbono para frear o aquecimento global e as mudanças climáticas. Nos Estados Unidos, o futuro do setor deve ser traçado nesta quarta-feira (27), quando a Agência de Proteção Ambiental (EPA) vai divulgar as novas metas para a produção de carros elétricos – e a diminuição dos modelos a combustão.

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Como deve ser o futuro dos carros elétricos nos EUA

A proposta original da EPA para os carros elétricos nos EUA é de 2023. Na época, a organização estabeleceu um cronograma gradual, em que os elétricos a bateria deveriam representar 37% das vendas até 2027; 60% até 2030; e 67% até 2032.

No entanto, como lembra o The Verge, a fatia de venda dessa modalidade no país ainda está em 8%, o que preocupa as montadoras.

Os ambientalistas esperam que as novas regras marcadas para serem divulgadas hoje não desacelerem o ritmo de adoção – o que forçaria as fabricantes a correr atrás de uma transição para os elétricos. Já a indústria espera o contrário: justamente a desaceleração, com as vendas de carros elétricos atingindo 50% até 2030 (quando deveria ser 67%).

Ao que parece, a Casa Branca está disposta a negociar em prol das montadoras. O New York Times informou recentemente que a EPA está aberta a dar ao setor mais tempo para reduzir as emissões.

(Imagem: Frimufilms no Freepik)

O que argumentam as montadoras vs. fabricantes

As montadoras argumentam que precisam de um cronograma mais realista para aumentar as vendas dos elétricos, principalmente em um cenário em que ainda estão tentando baratear os custos dos modelos;Porém, se a EPA acatar, não só a fatia de vendas muda, mas as emissões também não chegam no patamar esperado. A meta inicial era reduzi-las em 18% até 2027. O resultado chegaria a apenas 12% (contando que as fabricantes se esforcem para vender carros com menores taxas de emissões, mesmo que não sejam necessariamente elétricos, como os híbridos);Do lado contrário, os ambientalistas argumentam que retardar a transição dá às montadoras mais tempo para vender modelos poluentes;Para além do atraso em alcançar a meta de redução nas emissões, eles defendem que pelo menos dois terços dos veículos construídos e vendidos em 2032 (ano previsto na proposta original) ainda estarão circulando até 2050 – e poluindo o ambiente durante todo esse tempo.A essa altura, as mudanças climáticas não poderão mais esperar outra transição gradual.(Imagem: FeelGoodLuck/Shutterstock)

Como está a situação dos carros elétricos em outros países

A decisão de hoje vale apenas para os Estados Unidos.

Cada país ou região vêm definindo objetivos próprios de acordo com suas demandas e compromissos.

O Reino Unido, por exemplo, havia indicado que proibiria a venda de carros a combustão a partir de 2030. No entanto, em setembro do ano passado, o governo voltou atrás e adiou a proibição para 2035. O Olhar Digital reportou o caso aqui.

Já a União Europeia está facilitando a infraestrutura e aquisição de carros elétricos, para impulsionar a transição. A meta é que o bloco reduza as emissões de gases de efeito estufa em 55% até 2030, alcançando a neutralidade climática até 2050. Ou seja, em pouco menos de três décadas todos os modelos circulando terão de ser zero emissão.

O Brasil enfrenta um cenário diferente. Por aqui, as montadoras ainda estão começando a trazer versões eletrificadas (elétricas e híbridos) para o mercado – e estão fazendo sucesso. A BYD será a primeira montadora a produzir modelos totalmente elétricos em solo nacional.

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