Uma nova edição do TecInverso vai ao ar nesta sexta-feira (18), apresentando entrevista com dirigentes de casas de apostas e do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), que representa 14 empresas, incluindo marcas com atuação em outros países. Na conversa, os convidados rebatem as críticas direcionadas ao setor.
“Hoje existe uma quantidade de desinformação absurda no mercado. Então, é importante trazer informação e que têm empresas sérias”, apontou o presidente do IBJR, Fernando Vieira. Além dele, estarão presentes o country manager da Betano Brasil, Guilherme Figueiredo, e o CEO da Sporting Bet Brasil, Antonio Forjas.
Quais temas serão abordados nesta edição do TecInverso?
O mercado de apostas ilegais foi um dos assuntos da conversa. Segundo Vieira, cerca de 70% dos apostadores têm dificuldade para saber se uma bet possui autorização para funcionar ou atua de maneira ilegal, mas a chegada dos apps de apostas à loja oficial do Android pode mudar o cenário, pois irá direcionar o usuário para as plataformas legalizadas.
- A regulamentação das apostas também tem ajudado nisso, segundo o porta-voz do IBJR, com as empresas autorizadas oferecendo um serviço diferente das ilegais;
- Nelas, os menores de idade são proibidos de se cadastrar, devido à exigência da biometria facial, e há outras garantias para quem faz apostas;
- Por outro lado, os entrevistados disseram que a regulamentação demorou a acontecer, contribuindo para a disseminação da desinformação, e criticaram os políticos que estão se aproveitando da CPI das Bets para modificar a lei;
- “Se você olhar hoje no Congresso há mais de 300 projetos de lei de alguma maneira tentando estrangular, tentando modificar e piorar em 99% dos casos, uma regulamentação que tem somente seis meses”, comentou Vieira;
- Vale citar que as bets foram alvo de debate em uma Sessão Deliberativa Ordinária no Senado, esta semana, após a divulgação de um relatório sugerindo que os brasileiros deixam de comprar comida para apostar.
Disputa de mercados
Os representantes do setor de apostas ainda responderam críticas ao setor de apostas que foram feitas por instituições que representam os bancos. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) já se posicionou “preocupada” com o crescimento e popularização das apostas, sendo que o presidente do órgão já disse que a atividade pode aumentar o endividamento.
Sobre isso, os entrevistados apontaram que há outros tipos de gastos causando mais problemas do que as bets.
“Vamos dizer assim, será que é o sistema bancário que vai falar para nós que as bets que estão endividando as pessoas? O sistema bancário que do país que é o terceiro maior do mundo em termos de spread bancário [diferença entre a taxa de juros que um banco cobra ao emprestar dinheiro e a taxa que ele paga ao captar o dinheiro]?”, argumentou Fernando Vieira. “Será que a Febraban está mesmo preocupada com o endividamento brasileiro”, questionou.

O presidente do IBJR ainda criticou o setor do varejo, que também tem mostrado preocupação com as bets. Ele afirmou que o debate com outros mercados está com muito “discurso ideológico” e que tudo virou um “campo de batalha”.
“Teve aí a turma do varejo reclamando muito também, sendo que dentro do varejo, quem tá ganhando dinheiro é quem oferece o cartão ali da Lojas Pernambucanas. Não é a blusinha [que gera dinheiro], é o cartão”, acrescentou Vieira.
Eles também disseram que as bets têm o entretenimento e a diversão como foco, com muitas pessoas apresentando dificuldade para entender isso, criticando a cultura criada principalmente por influenciadores e famosos de que as apostas são uma fonte de renda e investimento.
Onde assistir?
O TecInverso com os dirigentes das casas de apostas vai ao ar às 16h de hoje no canal do TecMundo no YouTube. Na entrevista, eles também falam sobre pagamentos de impostos, patrocínios aos times de futebol e muito mais. Não perca!
Curtiu o conteúdo? Continue no TecMundo e compartilhe as notícias com os amigos nas redes sociais.