A franquia Avatar de James Cameron sempre soube como deixar mistérios no ar, e isso continua no terceiro filme da franquia: Fogo e Cinzas. Uma das dúvidas mais intrigantes desde Avatar: O Caminho da Água, e que segue no novo longa-metragem, é a identidade da mãe de Spider.
O jovem humano criado em Pandora, interpretado por Jack Champion, tem uma história de origem complexa e trágica que finalmente ganha contornos mais definidos com a chegada de Avatar: Fogo e Cinzas aos cinemas. Enquanto o filme deixa claro que Coronel Miles Quaritch é o pai do personagem, a identidade de sua mãe é apenas mencionada no novo filme.
Enquanto a história pessoal de Spider continua sendo um dos elementos emocionais mais poderosos da saga, o nome de sua mãe e a personagem não aparecem em Fogo e Cinzas. No entanto, sua identidade é conhecida por fãs mais ávidos que leem os quadrinhos da franquia.
A mãe de Spider é Paz Socorro, uma piloto de Scorpion da RDA cuja vida foi tão breve quanto impactante. Mas antes de mergulhar nos segredos de Pandora, é hora de conhecer a mulher por trás do nascimento do primeiro humano nascido no planeta.
A história trágica de Paz Socorro em Avatar
Paz Socorro era uma piloto de helicóptero de combate Scorpion que trabalhava para a SecOps, a divisão de segurança da RDA (Resources Development Administration) durante a primeira guerra em Pandora.
Segundo os quadrinhos Avatar: The High Ground, Paz teve um relacionamento romântico com o Coronel Miles Quaritch, o principal antagonista do primeiro filme. Dessa relação nasceu Miles Socorro, apelidado de Spider, o primeiro ser humano a nascer em Pandora, em 2154.
A vida de Paz foi marcada pela dualidade entre seu papel como soldada e seu amor maternal. Ela era descrita como uma mulher determinada e feroz, características que Quaritch mais tarde reconheceria em seu filho, durante Avatar: Fogo e Cinzas.
Nos quadrinhos, é possível ver momentos íntimos de Paz com o bebê Spider, demonstrando o profundo afeto que sentia pelo filho. No entanto, seu destino estava selado quando ela decidiu participar da batalha final do primeiro Avatar, o ataque à Árvore das Almas dos Na’vi.
Durante a Batalha de Ayram Alusìng, em agosto de 2154, Paz pilotava seu Scorpion quando uma flecha atravessou a janela da cabine, matando-a instantaneamente. Um detalhe comovente revelado nos quadrinhos é que ela carregava uma foto do bebê Spider em sua aeronave no momento de sua morte.
Existe até a possibilidade de que a flecha fatal tenha sido disparada por Neytiri ou Tsu’tey, ambos vistos destruindo cabines de Scorpions durante a batalha. Ou seja, o destino trágico da mãe de Spider pode acabar sendo tema de novas histórias no futuro.
O legado de Paz Socorro
A morte de Paz deixou Spider órfão ainda bebê, aos cuidados de Nash McCosker, Mary e, eventualmente, da família Sully. Essa origem trágica moldou profundamente a identidade do personagem, criando um jovem dividido entre dois mundos: humano por nascimento, mas Na’vi por criação.
Em Avatar: O Caminho da Água, essa dualidade se intensifica quando Spider reencontra uma versão recombinante de seu pai, o Coronel Quaritch, agora em um corpo Avatar. Já na sequência, Quaritch, que possui todas as memórias de seu eu original, menciona que Paz era “feroz e difícil de conviver”, mas que amava Spider profundamente.
Ele reconhece que vê muitas das qualidades de Paz no filho, especialmente sua força e determinação. Essa revelação adiciona profundidade emocional à relação conturbada entre pai e filho que se desenvolve ao longo do segundo filme e continua no terceiro capítulo da saga.
A ausência de Paz no terceiro filme é sentida, mas compreensível dado seu falecimento. No entanto, existe a possibilidade de flashbacks nos próximos capítulos da saga, o que pode tornar a história de Spider ainda mais interessante.
Considerando que James Cameron já tem planos ambiciosos para expandir o universo até 2029, o cineasta poderia explorar o relacionamento entre Quaritch e Paz através das memórias do recombinante, oferecendo contexto adicional sobre as motivações de ambos os personagens.
Spider entre dois mundos em Avatar
O relacionamento complexo de Spider com Neytiri, que se torna ainda mais tenso após ela ameaçar sua vida em O Caminho da Água, contrasta fortemente com a memória idealizada de sua mãe biológica.
Enquanto Paz nunca teve a chance de criar seu filho, Neytiri, que poderia ter sido uma figura materna, demonstra uma rejeição visceral ao jovem humano, enraizada em seu ódio justificável pela RDA e pelos humanos que destruíram seu lar.
Essa dinâmica cria uma das tensões mais interessantes da franquia: Spider busca desesperadamente pertencer a uma família, mas é constantemente lembrado de suas origens.
A revelação sobre Paz Socorro adiciona camadas de tragédia à sua história, mostrando que ele perdeu uma mãe que genuinamente o amava antes mesmo de poder conhecê-la. Agora, resta aguardar por novos desdobramentos sobre o personagem, que pode ganhar ainda mais destaque em Avatar 4 e 5.
Para quem está ansioso para continuar acompanhando a saga, a previsão de chegada ao streaming de Avatar 3 aponta para meados de 2026, seguindo o padrão de janela de lançamento da Disney. Os dois filmes anteriores da franquia podem ser vistos agora mesmo no Disney+.
Enquanto isso, vale lembrar que o diretor já tem outros projetos cinematográficos em mente após concluir a saga de Pandora, mostrando que o cineasta visionário não pretende desacelerar tão cedo.
Com Avatar: Fogo e Cinzas nos cinemas, a jornada de Spider continua a se desenrolar, e a sombra de Paz Socorro, uma mulher que fez escolhas difíceis e pagou o preço final, permanece como um lembrete poderoso das consequências da guerra em Pandora.
E aí, você gostaria de ver Paz Socorro ganhando destaque nos filmes de Avatar?