Para muitas pessoas, as redes sociais são praticamente o sinônimo de entrar na internet atualmente. É natural passar boa parte do dia conectado apenas a esses serviços de conexão com outros usuários e consumo de conteúdo personalizado.
Mas você sabe exatamente o que são essas plataformas e o que há por trás desse tipo de aplicativo? Confira abaixo um resumo do conceito desses serviços tão populares, além de conhecer quais são os principais nomes desse mercado tão aquecido.
O que são redes sociais e para que servem?
Uma rede social é uma forma de comunicação por meios eletrônicos, como sites e aplicativos no computador e celular, que permite a pessoas e organizações se conectarem de diferentes maneiras. Esses serviços possibilitam a construção e manutenção de comunidades virtuais que reúnem pessoas já conectadas no ambiente presencial — como parentes, amigos e colegas — ou então desconhecidos que têm gostos parecidos e se tornam novos contatos.
Entre as ações possíveis para além da conexão com outras pessoas e a formação de relacionamentos nos mais diferentes níveis, há também o compartilhamento de informações, ideias, arquivos, mensagens e conteúdos multimídia.
Como surgiram as redes sociais?
Um esboço do que seriam as redes sociais começa antes do estabelecimento da internet como rede unificada. Sistemas de fóruns de discussão e compartilhamento de arquivos como os bulletin board systems (BBS) já traziam funcionalidades como o espaço de interação e troca de mensagens, informações e até arquivos.
O Internet Relay Chat (IRC), que surge em paralelo, também estabelece um ambiente parecido. Porém, é o site de relacionamentos SixDegrees, de 1996, que é considerado o primeiro que se enquadra como rede social — em especial por permitir a criação de perfis pessoais e o ato de adicionar amigos como contatos.
Outras plataformas foram surgindo ao longo dos anos seguintes. É o caso do Friendster (2002), que foi a primeira rede social considerada um sucesso de público, além de nomes que surgiram logo depois — como o MySpace, o LinkedIn, o Facebook e o saudoso Orkut, um dos serviços favoritos dos brasileiros.
Como funcionam as redes sociais?
As redes sociais são construídas em torno das conexões. Isso significa que os sites e aplicativos se baseiam na criação de um perfil próprio, no estabelecimento de contatos e na navegação a partir dos conteúdos desses ambientes. Cada plataforma tem o seu formato e recursos próprios, mas alguns elementos se repetem.
Algoritmos de recomendação
Normalmente, o conteúdo que é visualizado pelo usuário é organizado e sugerido com base em algoritmos de recomendação. Esse conjunto de parâmetros e cálculos é responsável por indicar para você uma publicação que coincide com os seus gostos.
A indicação pode ser baseada no criador de conteúdo ou na temática: se você vê muitos clipes sobre futebol, por exemplo, a tendência é que o algoritmo envie cada vez desses vídeos para você. Cada plataforma possui o próprio conjunto de ferramentas de recomendação, com o TikTok sendo hoje reconhecido pela precisão nessa operação.
Tecnologias envolvidas (APIs, coleta de dados, IA etc.)
O funcionamento de uma rede social depende de uma infraestrutura robusta. Esses serviços realizam uma coleta constante de dados para compreender o próprio funcionamento, melhorar o algoritmo de recomendação e adicionar ou remover funções. Boa parte dessas operações atualmente tem se convertido em usos de inteligência artificial (IA).
Além disso, as redes contam com APIs, que são protocolos de comunicação que permitem que programas externos utilizem informações dessas plataformas para alguma finalidade, como análises de mercado ou pesquisas acadêmicas.
Engajamento e monetização de conteúdo
Para além da parte técnica, uma rede social depende da interação entre usuários. É a partir da conexão entre eles e da publicação de conteúdos que ocorre o engajamento, termo que aqui é usado para descrever participação e envolvimento de uma comunidade — ações que, na prática, se convertem em “curtidas”, comentários e compartilhamentos, por exemplo.
Esse tipo de atividade pode transformar participantes mais ativos até em influenciadores digitais, que monetizam o próprio conteúdo e recebem das plataformas parte da receita gerada com recursos como anúncios, por exemplo.
Redes sociais mais populares
O mercado de redes sociais é dinâmico, em especial pelo alto custo exigido para manter um desses serviços no ar e a migração constante de públicos entre as plataformas. Serviços que já foram líderes de mercado desapareceram ao longo dos anos ou viraram referência em nichos. Atualmente, algumas plataformas se destacam em quantidade de usuários, postagens e por reunirem discussões que viram assunto até fora da internet. Abaixo, conheça alguns dos principais nomes desse setor.
O Instagram é uma plataforma de compartilhamento de imagens e vídeos da Meta, dona do Facebook. Porém, o serviço foi criado ainda em 2010 fora da companhia por Kevin Systrom e Mike Krieger. Inicialmente, o aplicativo era voltado para entusiastas de fotografia e de imagens carregadas de filtros, mas aos poucos adicionou novos formatos — como os Stories, que são as publicações efêmeras e de pouca duração, e os Reels, que são vídeos curtos gravados na vertical.
TikTok
Principal rede social chinesa de alcance global atualmente, o TikTok nasce oficialmente sob o nome de Douyin e passa os primeiros anos com funcionamento exclusivo no país de origem. Foi só em 2018 que ele recebe esse nome e faz a expansão internacional, em especial após incorporar o aplicativo de dublagens Musica.ly. O TikTok estabeleceu o formato de vídeos de curta duração e gravados na vertical, com um ritmo ágil de edição e um conteúdo objetivo — como redublagens, desafios e danças.
O Facebook nasce em 2004 como um projeto do então estudante universitário Mark Zuckerberg. Inicialmente, a página se restringia a um site com perfis dos alunos de Harvard. Aos poucos, o projeto expandiu e se envolveu uma série de polêmicas — até se transformar na Meta, empresa que hoje cuida da plataforma.
O segredo do Facebook está no acúmulo de funções. Além da criação de perfis, é possível publicar conteúdos em texto, vídeo ou imagem, acompanhar novidades dos amigos e entrar em grupos ou páginas para interagir com outras pessoas. Por muito tempo, a ideia de Zuckerberg era de que a rede fosse tudo o que um usuário visitasse ao longo do dia.
YouTube
O YouTube é a maior plataforma de vídeos do mundo e, apesar de ser primeiramente um serviço para hospedar e reproduzir clipes, possui também recursos de rede social. Lá, é possível manter perfis para interagir com outros usuários a partir de comentários ou criar o próprio canal para postar conteúdos.
A ferramenta foi criada em 2005 por um trio de empreendedores. O sucesso foi instantâneo e, no ano seguinte, o site foi adquirido pela Google e se mantém como uma das principais divisões da gigante até hoje.
Nascida ainda em 2003, o LinkedIn é uma plataforma voltada para o mercado de trabalho e o mundo corporativo. Atualmente, o serviço é parte da Microsoft e funciona por um feed de atualizações em que você pode interagir com postagens ou criar as próprias publicações — desde atualizações na sua carreira até textos e debates envolvendo a sua profissão. O destaque do serviço, porém, é a possibilidade de ofertar e buscar por vagas de emprego, além de virar um contato de referências da sua área.
Outros nomes notáveis
Para além das plataformas citadas, o mercado abriga vários outros serviços com públicos fiéis ou são referência em seus formatos de postagem. No caso de redes sociais de texto curto, são ao menos três concorrentes: o X (antigo Twitter), o Threads (outro aplicativo da Meta) e o Bluesky.
O Pinterest segue há anos como referência em segmentos como moda, design e arquitetura com um catálogo vasto de imagens. Além disso, o Kwai em regiões como o Brasil tem uma alta quantidade de usuários e serve como alternativa ao TikTok.
Qual a rede social mais usada no mundo?
De acordo com dados do Statista de fevereiro de 2025, o Facebook é a rede social mais usada no mundo por quantidade ativa de usuários mensais. Ao todo, cerca de 3,07 bilhões de pessoas acessam a plataforma ao menos uma vez por mês. O serviço criado por Mark Zuckerberg e que inicialmente só funcionava no ambiente universitário dos Estados Unidos mantém a liderança em popularidade há vários anos e foi a primeira rede social a ultrapassar a marca de um bilhão de contas criadas.
Logo atrás, estão plataformas como o YouTube (2,5 bilhões de usuários), Instagram (2 bilhões) e TikTok (1,59 bilhão). O WeChat fecha o top 5 do ranking com 1,38 bilhão de acessos únicos mensais.
Qual a rede social mais usada no Brasil?
Segundo o estudo Special Report Digital 2025, feito pela We Are Social, o cenário brasileiro de redes socias tem pontos de concordâncias e diferenças em relação à lista global. O YouTube é o serviço mais popular, com mais de 144 milhões de usuários no país. Ele é seguido de perto pelo Instagram (134,6 milhões), enquanto o Facebook apresenta uma queda gradual na popularidade e está em terceiro lugar, com 111,3 milhões.
Caso outros serviços sejam considerados em uma lista mais flexível, a liderança ficaria com o WhatsApp, que acumula mais de 169 milhões de usuários e tem a maior taxa de instalação em celulares entre essas plataformas.
Qual a diferença entre rede social e mídia social?
O conceito de mídias sociais envolve principalmente espaços para a distribuição e divulgação de conteúdo no ambiente digital, incluindo informação, publicidade ou interação entre comunidades. Já redes sociais sempre existiram na sociedade, mas no contexto da internet são as plataformas focadas no relacionamento e na conexão entre pessoas.
Tendências e o futuro das redes sociais
IA e personalização de feed
Redes sociais têm adotado cada vez recursos de IA em uma série de processos. Algumas plataformas, como o YouTube, oferecem funções de edição e personalização de conteúdos com base nessas ferramentas. Em casos como os aplicativos da Meta, um chatbot próprio é incorporado e serve de IA generativa para o usuário. Os serviços também parecem cada vez mais direcionados a uma personalização de feed cada vez maior, com uma experiência de curadoria otimizada e direcionada para cada usuário, assim como a adaptação deles para a Web 3.0.
Privacidade e regulamentações
Questões de proteção de dados são tendências cada vez mais fortes em plataformas digitais, muito pela pressão na regulamentação de governos e na própria exigência dos usuários. Ações como coleta exagerada de dados e uso de conteúdos para treinamento de IAs, por exemplo, ainda renderão muitos debates nesse tipo de aplicativo.
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