O governo do Estado do Rio de Janeiro lançou um pregão para a compra de 80 sistemas antidrone por quase R$ 27 milhões. Os equipamentos serão usados pelas polícias Civil e Militar e pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI-RJ).
Também conhecidos como Counter-Unmanned Aircraft Systems (C-UAS), os equipamentos têm tecnologia de bloqueio de sinais por radiofrequência (Jammer), capazes de detectar, rastrear e neutralizar drones que representem risco à segurança pública.
“A aquisição dos sistemas antidrone faz parte do investimento que estamos fazendo num grande pacote de tecnologia. Já são mais de R$ 4,5 bilhões investidos em câmeras corporais, de reconhecimento facial, leitura de placas, drones e outros equipamentos de ponta que são grandes aliados da segurança pública”, disse o governador Cláudio Castro.
Antidrone é resposta ao crime
A ideia é combater o uso de aeronaves não tripuladas para atividades ilícitas em áreas sensíveis, principalmente perímetros do sistema penitenciário do Estado. Os drones têm sido usados para transporte de armas, drogas e celulares em complexos prisionais — e, até mesmo, para o lançamento de artefatos explosivos. De acordo com o governo, a implementação dos sistemas antidrone trará benefícios para a segurança geral:
- Impedir a entrega de armas, drogas, explosivos e celulares em unidades prisionais;
- Reforçar a segurança de autoridades e da população durante operações e eventos de grande concentração;
- Reduzir os riscos de colisões, interrupções e danos a propriedades causados por drones não autorizados e inibir atividades criminosas como contrabando, espionagem e ataques terroristas.
“A crescente sofisticação das ameaças exige uma resposta tecnológica à altura. A aquisição desse sistema antidrone é um passo fundamental para garantir a proteção de nossas autoridades, servidores e do patrimônio público, além de reforçar a segurança pública”, afirmou o secretário do GSI-RJ, Edu Guimarães.
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Tendência
Sistemas antidrones também são usados pela Polícia Federal (PF), que, em junho, recebeu uma das tecnologias do tipo mais avançadas no mundo, desenvolvida pela empresa israelense D-Fend Solutions AD Ltd, segundo o site Metrópoles.
O EnforceAir 2 utiliza radiofrequência na detecção de aeronaves piratas não tripuladas, permitindo que o usuário assuma seu controle, extraia dados e realize o pouso do equipamento, seja em autônomo ou manual.
No ano passado, a PF chegou a instalar uma Central de Monitoramento Antidrones com o objetivo de garantir a segurança aérea do G20, realizado no Rio de Janeiro (RJ). A zona de proibição de voos abrangeu um raio de aproximadamente 8 km na ocasião.
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