A relação entre os países europeus e a Rússia não está nada boa. A causa principal é a guerra na Ucrânia, mas outros fatores ajudam a piorar os laços diplomáticos entre as partes. Um deles são os constantes ataques cibernéticos.
Nesta semana, o governo da França acusou o regime de Vladimir Putin de patrocinar várias ações de hackers contra entidades francesas por mais de uma década. O objetivo seria coletar informações sensíveis e desestabilizar o país.
Unidade de hackers da inteligência russa estaria por trás dos ataques
De acordo com as autoridades francesas, os casos incluem desde um falso sequestro por parte do Estado Islâmico de um sinal de transmissão da televisão francesa em 2015 até o vazamento dos e-mails do presidente Emmanuel Macron, em 2017.
Nesta terça-feira (29), o Ministério das Relações Exteriores da França atribuiu formalmente esses ataques cibernéticos e vários outros ao APT28, uma unidade de hackers da inteligência militar russa também conhecida como Fancy Bear.

O grupo agiria a mando de Moscou e teria objetivos políticos. Por exemplo, eles teriam vazado os e-mails de Macron um dia antes da eleição presidencial da França na esperança de influenciar os eleitores. Já o caso relacionado ao Estado Islâmico ocorreu após ataques terroristas em 2015 e tinha a intenção de “criar pânico na França”.
Ainda segundo o governo francês, os ataques cibernéticos contra o país e outros membros da União Europeia se intensificaram desde 2021, pouco antes de a Rússia invadir a Ucrânia. Estas invasões visaram não apenas entidades governamentais, mas também de finanças, aeroespacial e defesa, organizações esportivas afiliadas às Olimpíadas de Paris de 2024, entre outras.
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Russos negam todas as acusações
- Esta é a primeira vez que a França atribui publicamente um ataque cibernético ao serviço de inteligência de um governo estrangeiro.
- Apesar disso, os russos são constantemente considerados suspeitos de patrocinar ações do tipo.
- Mesmo assim, o Kremlin nunca admitiu qualquer envolvimento nos casos.
- Além disso, o governo russo acusa os europeus de criar falsas narrativas para justificar o apoio militar à Ucrânia em meio ao conflito no leste europeu.
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