Autoridades europeias estão investigando o que causou o rompimento de um cabo submarino da empresa finlandesa de segurança cibernética e de redes de telecomunicações Cinia. O C-Lion1, que possui 1.173 mil quilômetros e atravessa o Mar Báltico desde a capital Helsinque (Finlândia) até o porto de Rostock (Alemanha), simplesmente parou de funcionar.
Mas mesmo antes de um anúncio oficial do motivo da falha, o ministro da Defesa alemão deu uma declaração afirmando que trata-se de um ato de sabotagem. Segundo Boris Pistorius, “ninguém acredita que esses cabos foram cortados por acidente”.
Navios da Rússia são suspeitos
O representante do governo alemão ainda afirmou que a ação tinha como objetivo prejudicar os países europeus que estão apoiando a Ucrânia na guerra contra a Rússia. Os ministérios das Relações Exteriores da Finlândia e da Alemanha emitiram uma declaração conjunta expressando preocupação com o ocorrido.
Os países destacaram que “a segurança europeia não está apenas ameaçada pela guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, mas, também, pela guerra híbrida [levada a cabo] por atores mal-intencionados. Proteger nossa infraestrutura crítica compartilhada é vital para nossa segurança e resiliência de nossas sociedades”.
Na semana passada, a Marinha britânica acompanhou três navios russos enquanto passavam pelo Canal da Mancha. Eles incluíram o Yantar, um navio de pesquisa oceanográfica russo equipado com dois submersíveis autopropulsados de alto mar capazes de cortar cabos submarinos.
Já analistas finlandeses expressaram preocupação de que a Rússia possa recorrer à sabotagem em resposta à recente decisão de Washington de permitir que a Ucrânia use mísseis de longo alcance contra territórios russos. O Kremlin nega qualquer envolvimento com o rompimento do cabo submarino.
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Rompimento não causou maiores problemas
- Conforme a Cinia, o C-Lion1 é o único cabo submarino que liga Finlândia e outros países nórdicos à Europa Central desde 2016.
- O rompimento interrompeu algumas transferências de dados, mas não colocou em risco a conexão com a internet ou a segurança de nenhum dos países, disseram as autoridades.
- O dano aconteceu perto da ponta sul da ilha Oland, na Suécia.
- A previsão é que a conclusão do reparo aconteça entre cinco e 15 dias.
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