O CEO da OpenAI, Sam Altman, avaliou a possibilidade de adquirir ou firmar parceria com uma empresa de foguetes como parte de um plano mais amplo para levar a infraestrutura de computação da companhia ao espaço — um movimento que o colocaria em rota direta de competição com a SpaceX, de Elon Musk.
Segundo pessoas próximas às conversas revelaram com exclusividade ao Wall Street Journal, Altman chegou a discutir uma participação majoritária na fabricante Stoke Space, em um pacote de investimentos que poderia chegar a bilhões de dólares ao longo dos anos.
As negociações, porém, não avançaram.
Ambições espaciais e pressão por resultados
- A iniciativa surge em meio à pressão crescente sobre a OpenAI, que fechou acordos de computação na casa dos centenas de bilhões de dólares sem apresentar ao mercado um plano claro de financiamento dessa expansão.
- A empresa declarou “alerta vermelho” para o desenvolvimento do ChatGPT, que tem perdido terreno para o Gemini, do Google, e suspendeu temporariamente o lançamento de novos produtos para concentrar esforços no chatbot.
- Altman tem defendido publicamente que data centers no espaço podem se tornar inevitáveis devido à demanda crescente por energia para treinar modelos de IA.
- A ideia é aproveitar energia solar em órbita e reduzir o impacto ambiental na Terra — um conceito ainda experimental, mas já apoiado por executivos como Jeff Bezos, Sundar Pichai e o próprio Musk.
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Mercado cético, bilhões em jogo e disputa com Musk
Fundada por ex-funcionários da Blue Origin, a Stoke desenvolve um foguete totalmente reutilizável, o Nova.
Um acordo com a empresa colocaria Altman em concorrência ainda mais direta com Musk, cuja SpaceX domina o setor de lançamentos — além de rivalizar com a xAI e com Neuralink, na qual a recém-criada Merge Labs, de Altman, se posiciona como competidora.
A OpenAI assinou quase US$ 600 bilhões em novos contratos de computação nos últimos meses, enquanto suas receitas devem alcançar US$ 13 bilhões este ano.
O mercado, no entanto, recebeu com frieza as ambições de Altman: ações de empresas parceiras como Oracle e Nvidia recuaram nas últimas semanas, e um acordo de US$ 100 bilhões com a Nvidia ainda não foi concluído.
Apesar da pausa nas negociações, a possível expansão espacial continua sendo tema recorrente para Altman, que tem defendido que a humanidade, em algum momento, “consumirá mais energia do que pode gerar na Terra”.
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