O mercado global de smartphones cresceu no segundo trimestre de 2025, mesmo com algumas incertezas no comércio e com a expectativa de números melhores. Essa é uma das conclusões de um relatório da IDC, que avaliou o desempenho da indústria nos últimos três meses.
De acordo com o levantamento, o setor segue em um momento de alta que é bastante raro: já são oito trimestres consecutivos de crescimento, um nível que não era atingido desde 2013. Boa parte das boas notícias da vez envolvem a fabricante sul-coreana Samsung, que tem muitos motivos para comemorar, enquanto outras fabricantes não tiveram um desempenho tão satisfatório.
O lado otimista do mercado de celulares
O relatório preliminar da IDC ainda pode passar por alterações nos números totais, mas já chegou a uma série de conclusões positivas sobre o mercado de smartphones — apesar do temor por alguns fatores de preocupação, que serão listados mais adiante.
- Ao todo, o envio de smartphones para comercialização entre os meses de abril e junho de 2025 foi de 295,2 milhões de unidades. Isso representa uma alta de 1% em comparação ao mesmo período do ano passado;
- A Samsung segue na liderança, responsável por 19,7% do setor. Ela teve uma alta de 7,9% nas vendas, impulsionada principalmente pela comercialização dos novos modelos intermediários — em especial os Galaxy A36 e A56;
- Segundo os analistas da IDC, os modelos da Samsung foram particularmente bem em vendas por motivos como design inovador e integração de recursos de inteligência artificial (IA) mesmo em dispositivos que não são premium;
- O restante do top 5 não teve alterações: o ranking é composto por Apple (15,7%), Xiaomi (14,4%), Vivo/Jovi (9,2%) e Transsion (8,5%). A soma das demais fabricantes ocupa os 32,6% restantes;
O setor poderia crescer mais?
Ainda segundo a IDC, porém, a indústria pode encarar um momento de incerteza nos próximos meses. O principal motivo é a crise provocada pelas tarifas de importação e as negociações cheias de reviravoltas envolvendo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e países responsáveis pela fabricação ou montagem de dispositivos vendidos ao redor do mundo.
Dependendo das cobranças, é possível que o preço final dos dispositivos suba, o que pode levar muitos consumidores a evitar a compra de um novo smartphone nos próximos meses. Questões internas de certos países relacionadas com inflação, “desafios políticos” ou até guerras, como em regiões como Rússia, Ucrânia, Israel e Palestina, também afetaram negativamente o mercado.
Na China, que costuma concentrar um alto volume na comercialização de smartphones, a situação também não é a melhor possível. As vendas foram abaixo do esperado no país, mesmo com uma data de muitos descontos no trimestre, com consumidores locais não colocando um novo celular como prioridade no momento — em especial nos segmentos de entrada e intermediários.
Apesar da disparada da Samsung, o desempenho das demais marcas do top 5 não foi bom assim: a Vivo (que aqui no Brasil passou a vender aparelhos como Jovi) até apresentou uma alta de 4,8%, mas o crescimento foi abaixo do esperado para Apple (1,5% no trimestre) e Xiaomi (0.6%). Já a Transsion (-1,7%) e a soma das demais marcas (-3,1%) vendeu menos aparelhos do que no mesmo período do ano anterior.
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