A Samsung tem uma família bem distinta de tablets. Se você quer algo mais básico, tem o Tab A disponível. Se você prefere desempenho e telas melhores, o Tab S é o ideal. Mas ultimamente a gente tem visto a linha “FE” também ganhar mais espaço.
O Galaxy Tab S10 FE+ é um bom exemplo para ilustrar isso. Ele fica numa faixa intermediária não muito avançada em termos de hardware, mas chega com a mesma proposta do ano passado: atingir estudantes, quem busca um certo nível de produtividade e entretenimento, é claro.
Confira agora as nossas impressões do Tab S10 FE+ pra descobrir se ele atende suas necessidades ou não.
Design, tela e câmeras
Se você olhar bem rápido, talvez não perceba as mudanças de design do Tab S9 FE para o Tab S10 FE. E isso porque elas quase não existem, já que a Samsung tem unificado o design dos seus produtos, o que inclui os tablets.
O novo modelo traz uma construção muito sólida em alumínio, mantendo a certificação IP68 contra água e poeira e o leitor de digitais no botão lateral — aqui, eu recomendo usar os dedos indicadores e o polegar direito por causa da posição. É um design bem sóbrio e uniforme que se integra a essa cor cinza-escuro.
Ele segue com cantos arredondados e com bordas um pouco maiores ao redor da tela, o que ajuda a segurar o aparelho sem tocar nela. A Samsung também manteve o suporte magnético para a S Pen na traseira do tablet. Inclusive, o kit padrão traz o tablet, a caneta e uma capa de proteção com apoio.
Mas o S10 FE+ está mais pesado e um pouco mais fino que o S9 FE+, e isso porque ele aumentou de tamanho. Enquanto a versão anterior fica na casa dos 630 gramas, esse novo já sobe para um pouco mais de 660 gramas.
O que a Samsung fez foi aumentar o tamanho da tela. Ele foi de 12,4” para 13,1”, mantendo o painel LCD e a frequência de 90 Hz. Essa é uma tela vibrante, com boa precisão de cores, tem bons ângulos de visão e que agora tem mais espaço.
Só que a Samsung tem guardado as suas telas AMOLED para os modelos mais robustos da linha Tab S, o que é compreensível, mas ainda é uma pena. O Tab S10 FE+ perde algumas dessas qualidades de telas OLED, como a profundidade das cores, mas não faz feio.
Eu tive uma experiência muito boa para assistir, jogar e também navegar. Essa tela também tem resolução maior e os conteúdos ficam mais legíveis, como os textos ou imagens gerais. Mas eu senti um pouco de falta de um acabamento antirreflexo.
O brilho máximo chega em 800 nits (no modo automático) e é legal para lugares internos, ficando numa média bem satisfatória. Mas em ambientes externos ou perto de janelas, principalmente com cenas escuras, você consegue ver facilmente o próprio reflexo.
Um ponto positivo fica nas duas saídas de som. Elas reproduzem um volume bem alto e são nítidas, mas o áudio parece mais envolvente e distinto. É satisfatório o suficiente para não precisar apelar para os fones de ouvido para ouvir com clareza.
Outra mudança que eu ainda não comentei foi nas câmeras. No ano passado, o modelo Plus tinha duas câmeras na traseira, mas o S10 FE+ tem apenas uma. Essa câmera tem 13 MP e vem acompanhada de uma frontal, que fica na borda lateral direita, com 12 MP e que tem um ângulo mais aberto.
Elas são boas para fazer o básico, como fazer uma foto rápida ou escanear um documento. Mas a frontal se destaca: ela captura um ângulo bem aberto e é nitidamente melhor que as câmeras de notebook, o que é um ponto positivo para quem faz muitas videochamadas. Só que não é incomum ver imagens menos nítidas até em cenários relativamente bem iluminados.
Desempenho e software
Desempenho bruto não é exatamente a proposta da linha FE, mas a Samsung traz uma configuração interessante e até curiosa. O processador é o Exynos 1580 (o mesmo do A56), repetindo os 8 GB de RAM com 128 GB de armazenamento. Mas ainda dá para usar mais 8 GB de RAM virtual e um cartão microSD de até 2 TB.
Esse tablet teve uma melhoria de desempenho quando a gente compara com o S9 FE, mas a proposta ainda é a mesma. Ele é mais indicado para quem quer um tablet tranquilamente competente para estudar, assistir a filmes e vídeos e até com apps de produtividade.
Ele é mais confiável no desempenho se você comparar com o do ano passado. A navegação é mais fluida, sim, mas ainda é possível notar alguns engasgos na interface. Mas é muito possível usar vários apps ao mesmo tempo ou jogar algo mais pesado.
Nisso ele não chega perto do Tab S10 padrão, mas essa versão FE é competente e versátil. Mas eu ainda fico na expectativa de ver um salto ainda maior em desempenho, quem sabe se tivesse o chip do S24 FE — que, por acaso, também é da linha “Fan Edition”.
Outra coisa que ajuda o S10 FE+ é o software. Embora ele não traga o conjunto completo do Galaxy AI, carrega uma série de recursos do tipo. E esse modelo chega com Android 15 e a One UI 7, além de ter garantidos sete anos de atualizações.
Ele não tem recursos como o modo intérprete, assistente de escrita completo e outros. Mas traz funções para editar imagens, recortar vídeos, ler páginas do navegador Samsung em voz alta, transcrever áudios (de forma simplificada) e o Seleção AI.
Alguns desses recursos acabam se “combinando”. Lá no Samsung Notes, por exemplo, você pode usar um recurso que soluciona problemas de matemática. É só ativar ele, escrever um problema e colocar o sinal de “igual”, e aí o resultado aparece. Ou, se preferir, é só usar o Circule para Pesquisar que ele te mostra com detalhes como chegar no resultado. O Notes também facilita para quem escreve, de fato, e transforma os rabiscos em texto.
Ele ainda traz uma espécie de “suíte” de apps de criatividade, um dos pontos altos do tablet. Você encontra o editor de vídeos LumaFusion, o Goodnotes, Clip Studio Paint e outros, mas esses três são muito bons, apesar de terem várias funções pagas.
Ele também traz um Modo Dex bem completo para usar uma interface parecida com a dos computadores. Assim você consegue abrir os apps em janelas e isso abre um monte de possibilidades para trabalhar, estudar ou só navegar de um jeito mais prático. Mas o modo “normal” também deixa você abrir os apps em janelas separadas, mas sem tanta flexibilidade.
Bateria
O Tab S10 FE+ tem os mesmos 10.090 mAh de bateria do modelo anterior, ainda que tenha uma tela maior. O carregador também suporta até 45 watts, mas o que vem na caixa dele é muito simples e tem somente 15W — se for comprar, já sabe: procura um bom carregador também.
Apesar disso, a autonomia desse tablet é muito boa. Eu consegui usar ele por dois dias tranquilamente na minha rotina, sempre incluindo apps de streaming e jogos. Ele acaba sendo mais econômico que a versão anterior: jogando online, a descarga média foi de 14% por hora, e offline foi de 9%. Com filmes por streaming ela foi de 7% por hora.
Na minha rotina, eu consegui usar o Tab S10+ para escrever, fazer streaming de vídeo e música, jogar e navegar. Mas se você for usar o tablet casualmente, eu não duvido nada que consiga até usá-lo por uns três dias.
Vale a pena?
O novo Galaxy Tab S10+ é uma evolução relativamente modesta do S9 FE+, porém efetiva. O tablet ganhou uma tela maior, um chip mais avançado e mais recursos de IA. É um conjunto bastante polido, incluindo uma bateria com ótima autonomia. Vale ressaltar que a S Pen também é muito útil nesse tablet.
Mas, tratando-se de uma evolução, eu ainda fiquei esperando por um chipset ainda melhor, como o que a Samsung usa no Galaxy S24 FE. Isso daria uma folga ainda maior ao novo tablet da marca, posicionando ele como um modelo um pouquinho mais perto do S10 padrão.
Isso me faz refletir que, caso você precise de um pouco mais de desempenho, pode até ser mais interessante investir em um Tab S9 que vem com o Snapdragon 8 Gen 2 for Galaxy e tem 12 GB de RAM. Ou, se precisar de um tablet ainda mais modesto, o Tab S9 FE+ pode ser outra alternativa.
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Ainda no campo das opções, o iPad tradicional com chip A16 é outro modelo a se considerar. Ele tem um preço cheio de R$ 4.499, contra os R$ 5.799 do Tab S10 FE+, que certamente vai ficar mais atraente nos próximos meses.
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