São Paulo recebe 1ª ‘faculdade de influencers’ do Brasil, com cursos de até R$ 35 mil

Uma nova e inusitada instituição de ensino abriu as portas em São Paulo: a Community Creators Academy, autoproclamada a primeira “faculdade de influencers” do Brasil. Localizada em um galpão de 14 mil m² na Zona Oeste da capital, o espaço oferece mais de 200 estúdios de gravação, incluindo cenários inusitados como uma praia artificial e banheiros “instagramáveis”, para atrair e capacitar criadores de conteúdo.

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Com um investimento de R$ 40 milhões, a academia oferece cursos presenciais com duração de três a seis meses e preços que variam entre R$ 25 mil e R$ 35 mil.

O objetivo é profissionalizar o mercado de influenciadores, ensinando habilidades como ética, direito digital, empreendedorismo e storytelling. A iniciativa, que já conta com cerca de 200 alunos matriculados, busca aproximar os creators das marcas e transformar a criação de conteúdo em um negócio sustentável.

A proposta da Creators Academy foi idealizada por Fabio Duarte, dono de uma agência de publicidade digital, em parceria com o grupo educacional Ânima Educação. O empresário acredita que a “creator economy” é um mercado bilionário e que a capacidade de criar conteúdo se tornará uma habilidade essencial para qualquer carreira, assim como o domínio do Pacote Office no passado. A academia quer atender à crescente demanda de jovens que sonham em seguir essa profissão, oferecendo um ambiente físico para acelerar a presença digital.

O processo seletivo e os cursos

Com mais de 200 estúdios de gravação, a iniciativa quer profissionalizar mercado de influencers e aproximá-los das marcas (Imagem: iStock). 

Apesar de ser aberta a criadores de todos os tipos, a “faculdade” conta com um processo seletivo pago, inspirado no modelo de universidades internacionais. Os interessados devem enviar uma carta de intenção e um vídeo, e, se aprovados, são convidados para uma entrevista. Neste primeiro momento, a prioridade é para quem já tem alguma familiaridade com o ambiente digital.

Os cursos são segmentados por área de atuação. Profissionais liberais, como médicos e advogados, por exemplo, recebem aulas focadas em como usar as redes sociais para conquistar clientes e novas fontes de receita. Os alunos têm acesso a salões de cabeleireiro, estúdios de maquiagem e até academias para produzir conteúdos de diversas áreas, com mentorias de nomes conhecidos do mercado de conteúdo.

A academia defende a importância da educação formal e do diploma universitário, mas destaca que o mercado de cursos livres para carreiras emergentes é um caminho necessário. O objetivo é ajudar os alunos a transformarem seguidores em um negócio lucrativo, reconhecendo que, para muitos, o sonho de ser um influenciador já se tornou uma profissão.

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