A Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA anunciou a proibição de novos drones e componentes fabricados fora do país, citando riscos à segurança nacional. A medida mira, principalmente, marcas chinesas populares no mercado americano, como DJI e Autel Robotics.
A decisão permite exceções específicas concedidas pelo Departamento de Defesa e pelo Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), caso os modelos sejam considerados seguros, segundo o Gizmodo.
Por que a proibição foi adotada
Segundo a FCC, drones e peças fabricados fora dos EUA representam “riscos inaceitáveis” à segurança nacional e à proteção de cidadãos estadunidenses. A lista de itens proibidos inclui equipamentos e serviços de comunicação que possam comprometer dados sensíveis.
O documento informativo aponta que eventos futuros de grande porte, como a Copa do Mundo de 2026, o America250 e os Jogos Olímpicos de 2028 em Los Angeles, reforçam a necessidade de proteger o espaço aéreo do país.

Histórico e impactos no mercado
A proibição decorre de um projeto de lei de defesa aprovado no ano passado, que exigia análise dos riscos de drones estrangeiros, com foco em empresas chinesas, como SZ DJI Technology e Autel Robotics.
Especialistas lembram que esforços para restringir drones chineses nos EUA já duram quase uma década. Em 2017, o Exército estadunidense proibiu drones da DJI por preocupações com segurança cibernética.
Atualmente, a DJI domina de 70% a 90% do mercado comercial, governamental e recreativo nos EUA. Alguns usuários já começaram a estocar modelos antes da entrada em vigor da medida.

Reações e posicionamento das empresas
Um porta-voz da DJI declarou ao Gizmodo que a empresa está “decepcionada” e defende que seus produtos estão entre os mais seguros do mercado.
Leia mais:
- Holanda adquire 100 radares para detectar drones após recentes avistamentos
- IA, drones e dados: automação é a nova base da agricultura moderna
- NASA testa drone no Vale da Morte para missões futuras em Marte
“Como líder do setor, a DJI defende um mercado aberto e competitivo que beneficie todos os consumidores e usuários comerciais dos EUA, e continuará a fazê-lo”, afirmou o porta-voz, reforçando que avaliações governamentais e independentes comprovam a segurança dos equipamentos.

O que muda para usuários e empresas que usam drones
- Varejistas podem vender modelos previamente aprovados.
- DHS e Departamento de Defesa podem liberar exceções para modelos específicos.
- Empresas chinesas enfrentam restrições na entrada de novos produtos.
- Usuários que dependem de drones comerciais ou recreativos devem planejar aquisições futuras.
A decisão da FCC reforça a preocupação dos EUA com a segurança nacional e a proteção de dados sensíveis, enquanto a indústria de drones avalia os impactos regulatórios e logísticos da medida.
O post Segurança nacional: EUA restringem drones fabricados fora do país apareceu primeiro em Olhar Digital.
