Uma gigante estrutura em formato de S apareceu no Sol na última quinta-feira (4). Com dez vezes o tamanho da Terra, ela precedeu uma erupção de plasma massiva que se chocou com nosso planeta no sábado (7), abalando temporariamente o campo magnético terrestre.
Classificada como uma ejeção de massa coronal (EMC), a nuvem de plasma se estendia por 700 mil quilômetros, segundo o site Spaceweather.com. Ela parecia mais escura que a superfície solar porque estava a uma temperatura mais baixa do que o ambiente ao redor, de forma semelhante às manchas solares.
O choque dessa erupção, no último sábado (7), aconteceu em torno do mesmo momento que o eclipse lunar total. Esse impacto, conhecido como tempestade geomagnética, perturbou temporariamente o escudo protetor do nosso planeta, mas não gerou auroras visíveis no norte dos EUA, segundo registros do site Space.com.
Estrutura em “S” indica que uma erupção solar está a caminho
Essa explosão solar rara é nomeada de “erupção sigmoide”, devido ao seu formato similar à letra “S”. Nesse caso, ela apareceu acima do equador solar, no centro do hemisfério que está de frente para a Terra, e tinha cerca de 125 mil quilômetros, quase 10 vezes o diâmetro terrestre.
Geralmente essas erupções ocorrem quando os campos magnéticos ao redor das manchas solares se retorcem. Esse padrão indica maior probabilidade de a mancha solar liberar uma erupção, já que o campo magnético que a sustenta pode se romper com mais facilidade, arremessando plasma para longe do Sol.
“Quando você vê um ‘S’ no Sol, geralmente significa que algo está prestes a explodir”, escreveram os especialistas do Spaceweather.com.
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Pesquisadores acreditavam que o formato em S surgia quando duas estruturas em forma de J, o formato mais comum antes de erupções solares, se fundiam. Porém, um estudo de 2022 sugeriu que é provável que um único J fosse transformado em S por um deslizamento do campo magnético que o sustenta.
O potencial explosivo das sigmoides foi notado pelos astrônomos no final dos anos 2000. Porém, mais de 15 anos depois, o formato peculiar dessas estruturas ainda intriga a comunidade científica.
Sol mantém alta atividade após meses do fim do máximo solar
Essa última erupção solar ocorreu após alguns meses do fim do máximo solar, a fase mais ativa do Sol em um ciclo de 11 anos. Nesse período, as tempestades e as manchas solares aumentam notavelmente.
Embora esse pico tenha chegado ao fim, a atividade solar se manterá em alta nos próximos um ou dois anos, devido à contínua instabilidade dos campos magnéticos após o período intenso. Outros eventos, como machas, ejeções de massa e seus efeitos, como tempestades geomagnéticas e auroras são possíveis nos próximos meses.
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