O Spotify anunciou nesta quarta-feira (1º) um novo recurso que dá aos usuários mais poder sobre o algoritmo de recomendações. Vai dar para excluir músicas específicas do seu perfil musical, que guia as sugestões personalizadas de músicas, playlists e descobertas semanais.
Na prática, a opção evita que músicas ouvidas apenas por ocasião ou conveniência pesem no histórico e distorçam o que a plataforma sugere para você. Além disso, vai deixar sua Retrospectiva do Spotify (o Spotify Wrapped) mais, digamos, limpo.
A função chega a todos os usuários – isto é, quem assina o Spotify Premium e quem usa a versão gratuita da plataforma. O recurso vai aparecer no aplicativo do streaming (para Android, Windows, iPhone, Mac) e na versão para navegadores (Chrome, Firefox, Edge).
Spotify te dá mais controle sobre o algoritmo
Até então, os usuários só tinham a opção de excluir playlists inteiras do seu perfil musical. A novidade agora é poder fazer isso música a música, o que dá mais precisão ao algoritmo.
A mudança garante que momentos pontuais de escuta — como uma música infantil colocada para o filho, um som ambiente para dormir ou um hit ouvido por curiosidade — não interfiram de forma desproporcional nas recomendações do dia a dia.
Como funciona
Para usar o recurso, basta selecionar a música ou a playlist desejada, tocar no menu de três pontos e escolher a opção “Excluir do seu perfil musical”.
Caso mude de ideia, dá para incluir a faixa novamente ao escolher “Incluir no seu perfil musical”. Segundo o Spotify, a exclusão reduz o peso tanto de reproduções passadas quanto de futuras daquela música no algoritmo.
Na prática, isso significa que ouvir um som fora da rotina não vai mais “contaminar” o histórico do usuário. Se o streaming tocar uma música só porque você estava curioso ou porque outra pessoa pegou seu celular, o registro não vai mais impactar as sugestões da plataforma.
O impacto nas recomendações
O perfil musical é a base de recursos que fazem do Spotify um serviço altamente personalizado. Ele alimenta listas como o Descobertas da Semana, influencia a página inicial do aplicativo, molda a Retrospectiva.
Ao permitir excluir faixas específicas, a plataforma coloca um controle mais granular nas mãos dos usuários. Assim, garante que esses chamarizes reflitam de forma mais fiel o gosto musical de cada pessoa. Ou seja: deixa o streaming mais personalizado ainda.
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Limites (e como daria para contorná-los)
Apesar de representar um avanço importante, o novo recurso ainda depende de ação manual do usuário. Afinal, é preciso excluir cada faixa individualmente, o que pode ser trabalhoso em cenários de uso compartilhado.
O TechCrunch aponta que seria interessante o Spotify oferecer formas mais práticas de gerenciar o algoritmo – por exemplo: permitir associar sessões inteiras a diferentes perfis ou até a trocar de usuário por comando de voz, o que seria bem útil em carros ou em casas com caixinhas de som inteligentes.
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