A Casa Branca afirmou nesta terça-feira (19) que o Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) vai considerar “antiamericanismo” como critério para aprovar solicitações de vistos. Na prática, pessoas que endossarem opiniões “antiamericanas” nas redes sociais podem ter o visto negado.
Em comunicado, o porta-voz do USCIS, Matthew Tragesser, afirmou que os EUA não vão conceder benefícios “àqueles que desprezam o país”.

EUA vai negar vistos para pessoas “antiamericanas”
A decisão foi publicada no perfil do X da Casa Branca. Segundo o comunicado, agora o USCIS vai levar em conta demonstrações de “antiamericanismo” na hora de decidir se vai aprovar ou negar um visto para entrar nos Estados Unidos.
Para isso, o órgão vai analisar as redes sociais dos indivíduos. E vai negar o visto a estrangeiros que tenham “endossado, promovido, apoiado ou de outra forma defendido as opiniões de uma organização ou grupo terrorista – incluindo estrangeiros que apoiam ou promovem ideologias ou atividades antiamericanas, terrorismo antissemita e organizações terroristas antissemitas – ou que promovam ideologias antissemitas”.
A publicação não lista exatamente quais ideologias são consideradas nesses critérios. Ou seja, se os agentes de imigração entenderem que algo publicado vai contra o discurso americano, podem negar o benefício.
Porta-voz do USCIS, Tragesser defendeu a decisão:
Os benefícios dos Estados Unidos não devem ser concedidos àqueles que desprezam o país e promovem ideologias antiamericanas. Os benefícios de imigração — incluindo viver e trabalhar nos EUA — continuam sendo um privilégio, não um direito.
Matthew Tragesser, porta-voz do Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos
NEW: @USCIS to Consider Anti-Americanism in Immigrant Benefit Requests pic.twitter.com/SU7WacnS6U
— Rapid Response 47 (@RapidResponse47) August 19, 2025
EUA x Alexandre de Moraes
O discurso de “antiamericanismo” não é exatamente novidade. Nos últimos meses, a Casa Branca e seus executivos se voltaram contra o ministro Alexandre de Moraes, o acusando de censura e perseguição política… no Brasil.
A acusação em questão tem a ver com o caso de Jair Bolsonaro, que é réu por tentativa de golpe de Estado durante e depois das eleições de 2022.
Além disso, Moraes tem agido para impedir excessos das big techs americanas no país, o que também motivou críticas e sanções por parte dos EUA. Em mais de uma ocasião, o ministro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já destacaram a soberania brasileira em cumprir suas próprias leis.
Você pode conferir o desdobramento deste caso aqui.

Pix investigado pelos EUA
- O governo Lula enviou ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) uma defesa formal contra acusações de práticas desleais de comércio.
- A resposta integra a investigação aberta pelos americanos para justificar o tarifaço de Donald Trump sobre produtos brasileiros.
- O Olhar Digital deu todos os detalhes sobre as acusações americanas contra o Pix neste link. E você pode conferir a defesa brasileira neste link.
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