A World lançou uma versão do seu aplicativo na qual deu um passo além do que vinha fazendo até aqui. A plataforma agora se apresenta como um “super app”, com conversa criptografada, pagamentos em cripto, Mini Apps e verificação de humanidade num único ambiente.
Em suma, a proposta do “super aplicativo” do projeto co-fundado pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, é simples na forma e ambiciosa no alcance: organizar identidade, comunicação e dinheiro no mesmo lugar.
A atualização chega num momento em que interações digitais são cada vez mais atravessadas por conteúdos gerados por IA, bots e perfis automatizados (muitos por meio do ChatGPT, da OpenAI, diga-se).
Segundo a empresa, a ideia é oferecer uma experiência cotidiana (conversar, pagar, usar serviços) ancorada num elemento central: a prova de que há um humano real do outro lado da tela.
Novo World App aposta em conversas e verificação de identidade para diferenciar humanos de bots
O World Chat não tenta se diferenciar prometendo privacidade. Afinal, isso já virou padrão. Em comparação a outros aplicativos de mensagens populares, a diferença aparece na tela.
As mensagens aparecem em balões azuis quando vêm de humanos verificados e cinzas quando a pessoa não passou pela verificação. É um sinal simples, visual e imediato de quem comprovou ser humano.
Por trás disso, as conversas usam criptografia de ponta a ponta, no mesmo nível de aplicativos focados em privacidade. Isso garante que só quem está na conversa tenha acesso ao conteúdo dela.
A verificação é feita por meio do World ID, criado a partir do escaneamento da íris num dispositivo chamado Orb. O processo gera um código criptografado que confirma a singularidade da pessoa, sem expor sua identidade.
Para a World, adicionar o chat não é apenas trazer um recurso extra. É uma forma de tornar seu aplicativo mais social, mais humano e, principalmente, mais atraente para ampliar a base de usuários verificados.
Pagamentos globais, Mini Apps e conta digital ampliam o alcance do ‘super app’
A nova versão do World App amplia sua função como plataforma de pagamentos, permitindo enviar e solicitar dinheiro diretamente pelo chat, inclusive em conversas em grupo.
Dá para dividir contas, acompanhar quem pagou e fazer transferências entre países de forma instantânea, sem taxas cobradas pelo aplicativo.
A lógica é aproximar o dinheiro da comunicação, como já acontece em aplicativos de pagamento populares. Mas agora com alcance global.
Para isso, o aplicativo passa a oferecer contas bancárias virtuais, que permitem receber salários e depósitos diretamente, sem que empresas ou usuários precisem lidar com termos técnicos de blockchain.
Os valores podem ser convertidos automaticamente em stablecoins, como o USDC (moeda digital atrelada ao dólar). O World também adicionou suporte a outras moedas digitais e locais.
A terceira perna desse ecossistema são os Mini Apps. Eles funcionam como pequenos aplicativos de terceiros (jogos, ferramentas financeiras ou mercados de previsão) que rodam dentro do próprio World App, inclusive nas conversas.
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A plataforma também estreia o Earn (Rendimento), que oferece recompensas variáveis para quem mantém certos ativos no app. O recurso usa a prova de humanidade para evitar múltiplas contas.
No geral, a estratégia da atualização do aplicativo é: transformar o World App em algo útil para o dia a dia e, assim, resolver seu maior desafio – escalar a verificação de humanos reais num mundo cada vez mais automatizado.
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