1,3 bilhão de euros. Na conversão atual, isso equivale a R$ 8,4 bilhões. Esse foi o custo das tarifas de importação impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para a Volkswagen. Isso aparece nos resultados financeiros da empresa no segundo trimestre de 2025, divulgados nesta sexta-feira (25).
A empresa alemã reduziu sua previsão para o ano inteiro e reportou uma queda acentuada no lucro do segundo trimestre, encerrado em junho. Além dos impactos das tarifas de Trump, a Volkswagen, maior montadora da Europa, lida com custos de reestruturação – 700 milhões de euros (R$ 4,5 bilhões, aproximadamente).
O diretor financeiro da Volkswagen, Arno Antlitz, disse à CNBC que esses fatores tiveram um custo combinado de cerca de dois bilhões de euros para a empresa (quase R$ 13 bilhões).
Lucro da Volkswagen ficou abaixo das expectativas de analistas no segundo trimestre de 2025
A Volkswagen registrou um lucro operacional de 3,83 bilhões de euros (R$ 24,83 bilhões) no segundo trimestre de 2025, uma queda de 29% em comparação com os 5,4 bilhões de euros (R$ 35 bilhões) obtidos no mesmo período de 2024. O resultado ficou abaixo das expectativas dos analistas, que projetavam um lucro de 3,94 bilhões de euros (R$ 25,55 bilhões).
Destaques sobre os resultados financeiros recentes da Volkswagen:
- A Volkswagen reportou vendas de 80,8 milhões de veículos nos três meses até junho, uma queda de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior;
- A entrada de pedidos para veículos na Europa Ocidental aumentou 19% no primeiro semestre do ano;
- A empresa espera uma taxa de investimento anual entre 12% e 13% na sua divisão automotiva.
Em resposta a esse cenário, a Volkswagen revisou para baixo sua previsão de margem operacional de vendas para 2025, agora entre 4% e 5%, ante a projeção anterior de 5,5% a 6,5%. A companhia também espera que as vendas anuais se mantenham estáveis em relação ao ano anterior, em vez do crescimento de até 5% anteriormente previsto.
Esses resultados refletem um ambiente desafiador para as montadoras europeias, que enfrentam concorrência crescente das marcas chinesas e o impacto direto das tarifas de importação dos EUA, atualmente em 25%. O setor automotivo, altamente globalizado e dependente de cadeias produtivas integradas, é particularmente sensível a mudanças nas políticas comerciais internacionais.
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Recentemente, Trump ameaçou aumentar as tarifas sobre importações de automóveis da União Europeia para 30% a partir de 1º de agosto. A Volkswagen disse que parte do pressuposto de que tarifas de importação dos EUA de 27,5% continuarão em vigor na segunda metade do ano. Mas observou que há “alta incerteza” em relação à política comercial.
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