Embora os gatos tenham fama de independentes, pesquisas recentes mostram que eles compartilham conosco uma conexão única, mediada pela ocitocina, o chamado “hormônio do amor”.
“A ocitocina desempenha um papel central no vínculo social, na confiança e na regulação do estresse em muitos animais, incluindo humanos”, afirma Laura Elin Pigott, professora sênior em Neurociências e Neurorreabilitação na Universidade London South Bank.

Quando o apego aumenta o bem-estar dos gatos – e dos humanos
- Estudos indicam que interações afetuosas com gatos – como acariciar ou ouvir o ronronar – aumentam os níveis de ocitocina nos donos, promovendo relaxamento, redução do cortisol e até queda da pressão arterial.
- Pesquisas no Japão mostraram que sessões breves de carinho elevam a ocitocina na saliva de muitos donos, demonstrando que os efeitos calmantes vão além da maciez da pelagem.
- A liberação do hormônio também ocorre nos gatos, especialmente durante contatos voluntários, como sentar no colo ou receber carinhos.
- “Quando as interações respeitam o conforto do gato, a ocitocina flui – mas quando ele se sente encurralado, o hormônio do vínculo é evasivo”, explica Pigott.
- Gatos ansiosos ou evitativos apresentam respostas diferentes, destacando a importância de respeitar o estilo de apego de cada felino.

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Sinais de vínculo entre gato e dono
Sinais sutis, como o piscar lento ou o ronronar, ajudam a fortalecer a confiança e criar vínculo. Embora os cães apresentem respostas de ocitocina mais intensas devido à sua história de domesticação social, os gatos reservam essa química para momentos em que se sentem seguros e conectados.
Assim, da próxima vez que seu gato subir no colo ou piscar lentamente, lembre-se: não é apenas carinho aparente. Um ciclo invisível de ocitocina está promovendo confiança, aliviando o estresse e aprofundando a amizade entre espécies.

O texto original sobre esse tema foi publicado no The Conversation.
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