Terapia genética quebra cromossomo e impede avanço de câncer

Engenheiros biomédicos da Universidade do Sul da Califórnia (USC) (EUA) adaptaram terapia genética que pode alterar o DNA e combater a disseminação de células de câncer. A equipe fez testes com o chamado Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats (CRISPR), ferramenta que ganhou o Prêmio Nobel e já vem sendo usada na medicina.

Na prática, o recurso corta e modifica sequências de DNA para corrigir anormalidades a partir da indução de uma enzima conhecida como Cas9. Os pesquisadores criaram um ultrassom focalizado que pode aprimorar a técnica contra o câncer.

“Em vez de editar continuamente o genoma, agora, podemos controlá-lo para ser ativado em local específico e em momento específico usando onda de ultrassom não invasiva controlada remotamente. Esse é o avanço”, explicou Peter Yingxiao Wang, coautor principal do estudo publicado na Nature Communications, ao site da USC.

Ferramenta altera DNA para combater anormalidades (Imagem: vchal/Shutterstock)

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O que a pesquisa sobre o câncer descobriu?

  • O Departamento de Engenharia Biomédica Alfred E. Mann da universidade vem estudando há anos imunoterapias contra o câncer a partir de células T do Receptor de Antígeno Quimérico (CAR) projetadas — células imunes modificadas para combater a doença;
  • No novo estudo, realizado em camundongos, a equipe usou o calor das ondas de ultrassom para controlar diretamente as células T CAR em células tumorais sem prejudicar aquelas consideradas saudáveis;
  • Até então, o CRISPR fazia a edição genética de forma contínua, prejudicando os demais tecidos;
  • A pesquisa mais recente focou o CRISPR para atingir o telômero, estrutura de proteína de DNA que limita a quantidade de vezes que uma célula pode se dividir;
  • Com o ultrassom, os cientistas conseguiram cortar o cromossomo em duas partes e evitar a reparação da célula tumoral, impedindo o avanço da doença.
Onda de calor aumenta eficácia do CRISPR (Imagem: crystal light/Shutterstock)

“O resultado foi surpreendentemente bom”, disse Wang. “Em todos os camundongos, o tumor não estava apenas diminuindo o crescimento, mas, também, foi eliminado — o tumor, essencialmente, decaiu e desapareceu. Então, esses são resultados muito encorajadores.”

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