A Austrália acompanha de perto as negociações entre EUA e China sobre o destino do TikTok, como explica uma matéria do The Guardian.
O governo Trump propôs que a operação americana do aplicativo seja transferida para uma empresa dos EUA, com sete assentos no conselho, seis deles ocupados por americanos.
Entre os interessados no consórcio estão a Oracle, de Larry Ellison, e a Fox Corporation, de Rupert e Lachlan Murdoch.
A mudança foi impulsionada pela lei aprovada em 2024 que determinou a venda do TikTok para uma empresa americana sob pena de banimento, alegando riscos à segurança nacional. O acordo também prevê que o algoritmo do TikTok seja controlado pelos EUA.
Opiniões divididas
- O senador australiano James Paterson defendeu que o país adote a versão americana do app caso o negócio seja fechado, argumentando que seria “lamentável” manter uma plataforma sob influência de Pequim.
- Críticos, no entanto, afirmam que o problema é a vigilância digital e não a propriedade do aplicativo.
- Tom Sulston, da Digital Rights Watch, alertou que usuários “não terão mais privacidade sob controle americano do que tinham sob controle chinês”.
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TikTok enviesado
Há também preocupações sobre a concentração de mídia, já que a participação de veículos de imprensa no TikTok poderia ampliar seu poder sobre o debate público.
Especialistas também já questionam se o novo TikTok manterá a mesma experiência, já que seu algoritmo terá de ser reconstruído pela Oracle, o que pode afetar recomendações e engajamento.
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