Um juiz de New Hampshire rejeitou a tentativa do TikTok de encerrar uma ação judicial movida pelo estado, que acusa a plataforma de usar design manipulativo para atrair e prender a atenção de crianças e adolescentes.
Como revelado no comunicado emitido pelo Departamento de Justiça de New Hampshire, o juiz John Kissinger Jr. considerou que as alegações eram suficientemente fundamentadas para seguir adiante, destacando que o processo se concentra nas funcionalidades prejudiciais do aplicativo, e não no conteúdo postado pelos usuários.

TikTok teria design projetado para viciar jovens
- Segundo a ação, o TikTok teria sido deliberadamente projetado para ser viciante, prolongando o tempo de uso e expondo jovens a mais anúncios e incentivos de compra, especialmente por meio da TikTok Shop.
- O procurador-geral de New Hampshire, John Formella, celebrou a decisão como um passo importante para responsabilizar a plataforma por práticas que colocam crianças em risco.
- O TikTok não comentou o caso.
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Plataformas digitais na mira das autoridades
O processo faz parte de uma tendência crescente de autoridades estaduais norte-americanas mirarem nos elementos de design das plataformas digitais.
Outras empresas, como Meta, Snapchat e Discord, também enfrentam processos similares por supostamente causarem danos à saúde mental de jovens ou falharem na proteção infantil.
Enquanto isso, o TikTok lida com incertezas quanto à sua permanência nos EUA. Após uma lei sancionada por Joe Biden exigir que a ByteDance venda a operação americana do app ou enfrente um banimento, Donald Trump adiou a medida e estendeu o prazo até 17 de setembro.
O presidente dos EUA afirmou que negocia com a China e que há investidores interessados na compra.

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