Uma combinação de dois compostos naturais — nicotinamida (vitamina B3) e galato de epigalocatequina (EGCG, do chá verde) — pode ajudar a revitalizar o sistema de limpeza natural do cérebro, restaurar a energia celular e reduzir proteínas tóxicas associadas ao Alzheimer.
A descoberta foi apontada em um novo estudo da Universidade da Califórnia, Irvine, publicado na GeroScience.
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Descobertas do estudo
- Segundo o pesquisador Gregory Brewer, o envelhecimento leva à queda dos níveis de energia nos neurônios, o que compromete sua capacidade de eliminar resíduos celulares e proteínas como a beta-amiloide, envolvida na doença de Alzheimer.
- A pesquisa identificou que o declínio do GTP — uma molécula essencial para processos como autofagia — é um fator-chave nesse desgaste.
- Em experimentos com neurônios de camundongos jovens, idosos e com Alzheimer, os cientistas observaram que o GTP cai com a idade e ainda mais precocemente em cérebros doentes.
A aplicação da dupla nicotinamida + EGCG por apenas 16 horas restaurou os níveis de GTP nos neurônios envelhecidos a padrões semelhantes aos da juventude, ativou genes antioxidantes (via Nrf2), reduziu estresse oxidativo e agregados beta-amiloide, além de melhorar a sobrevivência celular em 22%.
Pesquisa teve limitações
Embora promissor, o estudo tem limitações: os testes foram feitos in vitro, em neurônios isolados, e não se sabe ainda o impacto em memória ou aprendizado.
Mesmo assim, os autores veem potencial para novos tratamentos dietéticos ou farmacêuticos focados na restauração do equilíbrio energético cerebral, e não apenas no combate às placas amiloides.
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