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Trabalhar só quatro dias por semana pode virar realidade com IA, diz CEO da Nvidia

by Fesouza
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O mundo ainda está encarando o “começo da revolução da inteligência artificial (IA)” e as perspectivas são as mais otimistas possíveis para a indústria. Essa é a opinião de Jensen Huang, cofundador e CEO da Nvidia, que comentou o tema em uma entrevista a um programa da Fox Business.

Na conversa, o empresário explicou pontos sensíveis desse mercado e tentou reduzir temores sobre a automação acelerada em algumas áreas. Huang tem motivos para se empolgar com IA: graças a esse setor, a Nvidia ampliou a venda de GPUs para data centers, virou a empresa com o maior valor de mercado em todo o mundo e apresenta recordes consecutivos de receita.

Um dos tópicos abordados foi jornada de trabalho. Segundo o CEO, “toda revolução industrial leva a alguma mudança no comportamento social” e desta vez não será diferente. No caso, ele acredita que “provavelmente” a jornada de trabalho de quatro dias pode ser uma realidade — algo que até já está em testes em locais como o Brasil.

Isso tem a ver com um possível aumento da produtividade das equipes, que terão certos processos automatizados por IA e, por consequência, mais tempo para executar outras tarefas ou simplesmente não ter que trabalhar. Em comparação, ele citou evoluções que geraram o fim de jornadas de sete dias sem folgas.

Se você está sendo produtivo, se está fazendo coisas mais eficientemente, então precisa de menos trabalho. E isso [IA] é mais eficiência de trabalho do que qualquer outra coisa”, argumenta. Porém, ele também cita que existe a possibilidade de que, na verdade, muitas pessoas na verdade ficarão até mais ocupadas por causa do tempo que fica vago com essa mudança.

Fim de empregos, EUA e potenciais da IA

Ainda na conversa, Huang explicou mais alguns posicionamentos a respeito do mercado de IA e até de tensões geopolíticas que envolvem diretamente a Nvidia.

  • Segundo ele, as capacidades da IA já estão presentes em quase todos os setores possíveis, de computação em nuvem e robótica até transportes;
  • A expectativa de que algo entre US$ 3 trilhões e US$ 4 trilhões sejam investidos em data centers até o fim da década para gerar a infraestrutura que atenda essa demanda;
  • Para o executivo, o fato de IAs automatizarem tarefas fará com que muitos empresários e gerentes consigam colocar em prática mais ideias do que é possível atualmente, o que permitirá um maior fluxo de projetos tirados do papel;
  • O CEO reconheceu que há certa ansiedade junto com a empolgação na adoção dessas tecnologias no mercado . “Alguns trabalhos vão sumir. Muitos trabalhos serão novos e inventados. Mas uma coisa é certa, cada um deles vai mudar por resultado da IA“, prevê;
  • Sobre as questões envolvendo a China e Donald Trump, ele é direto: “ter o mundo construindo a IA em um conjunto de tecnologias da América ajuda a América a vencer”. Recentemente, a Nvidia concordou em pagar uma taxa de 15% para o governo Trump sobre encomendas de GPUs de IA feitas pela China;
  • Por fim, Huang ainda diz acreditar que “a qualidade de vida vai melhorar, é claro, com o tempo” — sem necessariamente especificar se essa previsão diz respeito a qualquer trabalhador ou setores específicos de uma empresa ou indústria.

Apesar de especulações nas redes sociais, a Nvidia informou ao TecMundo que o Brasil por enquanto não está proibido de importar GPUs de IA da empresa. Saiba mais sobre o assunto neste artigo!

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