Tratamento inovador contra o câncer de pele pode impedir retorno da doença

Um tratamento contra o câncer de pele que combina um medicamento e uma vacina mostrou resultados promissores e pode ser uma esperança para pacientes com melanoma. Estudos preliminares realizados pelas farmacêuticas Moderna e Merck apontam que 74,8% dos pacientes que adotaram as duas terapias após fazerem cirurgia ficaram por dois anos e meio sem retorno da doença.

Tratamento combinou vacina e medicamento (Imagem: Alexander Raths/iStock)

Vacina personalizada contra a doença foi aplicada durante o estudo

A iniciativa combina Kreytuda (ou pembrolizumabe), da Merck, e uma vacina de RNA mensageiro desenvolvida pela Moderna.

A tecnologia usada no imunizante é a mesma das vacinas contra a Covid-19.

A diferença é que, antes de produzir as doses, os cientistas sequenciaram geneticamente amostras dos tumores dos pacientes que participaram do estudo, criando vacinas personalizadas.

Durante os trabalhos, foram analisadas 157 pessoas com melanoma em estágio 3 ou 4 (avançado) que haviam acabado de passar por cirurgias para remover a maior parte de seus tumores.

Dois terços delas receberam uma dose mensal da vacina da Moderna por nove meses junto com tratamentos com Kreytuda a cada três semanas por um ano.

O restante recebeu apenas o remédio.

Depois de dois anos e meio, o tratamento aumentou o número de células T que enfrentam os tumores do melanoma no organismo dos pacientes.

Aqueles que receberam os dois tratamentos tiveram risco 49% menor de morte por câncer e 62% menor de propagação do tumor.

Enquanto quase 75% dos participantes que receberam a vacina não tiveram recorrências, 56% dos que usaram apenas o remédio tiveram o mesmo resultado.

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Menos efeitos colaterais

Os resultados apresentados são dos ensaios clínicos de fase 2. O próximo passo, considerado o mais importante no desenvolvimento de vacinas, testará o imunizante em mais mil pessoas, o que deve acontecer nos próximos meses.

De acordo com a Moderna, existe “um grau extremamente elevado de confiança” de que os efeitos da vacina em desenvolvimento são reais e duradouros. A farmacêutica acredita que o imunizante pode mudar o tratamento do câncer nos próximos anos.

Cientistas destacam que a maior parte do risco de retorno do melanoma em pacientes ocorre nos primeiros dois anos. Se a eficácia tiver a eficácia confirmada, ela pode atender às principais necessidades desse grupo. Além disso, este tratamento pode produzir menos efeitos colaterais que a quimioterapia convencional.

A vacina contra o melanoma pode também abrir caminho para imunizantes contra outros tipos de câncer. A Merck e a Moderna dizem estar testando o mesmo tratamento (imunizante mais medicação) para pacientes com outros tipos de câncer de pele, além de câncer de rim e bexiga. As informações são do Nexo Jornal.

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