Os Estados Unidos vão impor uma tarifa de 100% sobre a importação de semicondutores, anunciou Donald Trump nesta quarta-feira (06). A taxa será aplicada com uma exceção: empresas que já possuem fábricas no país ou estão formalmente comprometidas com sua construção ficarão isentas da cobrança.
A medida faz parte dos esforços de Trump para estimular a reindustrialização dos EUA e pode impactar diretamente gigantes da tecnologia. O objetivo da regra fica evidente: companhias que investirem em território americano serão beneficiadas.
“Se, por alguma razão, você disser que está construindo [uma fábrica] e não construir, então voltaremos e adicionaremos mais. Isso vai acumular e nós vamos cobrá-lo posteriormente — você terá que pagar. É uma garantia”, afirmou Trump.
Entre as possíveis beneficiadas pela exceção está a Apple, que se comprometeu a fabricar alguns de seus dispositivos nos EUA. No entanto, esse processo é complexo e extremamente caro, podendo limitar a produção local.
Vale destacar que, como boa parte das falas de Trump, o anúncio foi feito de maneira informal, sem confirmação oficial por parte do governo. Isso significa que ainda há incertezas quanto à implementação prática da nova tarifa e seu real impacto no comércio internacional.
Reações internacionais
Apesar da informalidade do anúncio, o posicionamento do ex-presidente já gerou repercussões globais. Dan Lachica, presidente das indústrias de eletrônicos e semicondutores das Filipinas, afirmou que a medida seria “devastadora” para o setor no país.
Já Liu Chin-ching, Ministro do Conselho Nacional de Desenvolvimento de Taiwan, destacou que empresas taiwanesas estariam planejando construir fábricas nos EUA ou adquirir companhias locais para evitar as tarifas.
Até o momento, não há uma data definida para o início da nova taxação, tampouco um documento oficial que regulamente a medida.
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