Agora parece que não tem mais volta. Após meses de impasse, o TikTok finalmente passará para o controle de proprietários norte-americanos, uma medida que visa evitar o banimento da rede social no país.
Segundo informações da CNN, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá assinar nesta quinta-feira (25) uma ordem executiva que dá prosseguimento ao processo de venda. Nos últimos dias, a China também deu aval para a negociação.
Venda da rede social será considerada legal
- Espera-se que a ordem executiva declare que o acordo constitui um desinvestimento qualificado, conforme exigido pela lei dos EUA.
- Em outras palavras, o documento vai certificar a legalidade da venda da rede social.
- Além disso, o republicano deve anunciar um prazo de 120 dias para que a papelada e as aprovações regulatórias sejam concluídas.
- Recentemente, a Casa Branca estendeu a data limite para resolver o impasse até o dia 17 de dezembro deste ano.
- Lembrando que o prazo inicial terminaria em 19 de janeiro, mas foi prorrogado várias vezes em função da falta de um acordo entre as partes.
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O que sabemos sobre o acordo
Apesar de poucas informações oficiais sobre o acordo terem sido divulgadas até agora, uma publicação de um representante da Casa Branca no X (antigo Twitter) oferece alguns pontos principais do que foi definido pelos governos dos EUA e da China. Segundo William Martin, assistente especial do presidente Trump, o acordo exige que os dados de usuários norte-americanos sejam armazenados na infraestrutura de computação em nuvem dos EUA.
Este serviço é administrado pela empresa Oracle, que também ficará responsável pelo algoritmo da rede social. A ferramenta será retreinada e não terá mais nenhum tipo de controle chinês. Este era um dos pontos mais sensíveis das discussões, uma vez que a Casa Branca acusava a ByteDance de enviar essas informações para Pequim, colocando em risco a segurança nacional.
O acordo ainda prevê a criação de um conselho que comandará as operações da rede social nos Estados Unidos. A chinesa ByteDance contaria com um dos sete assentos. O restante será ocupado por empresários norte-americanos. Em entrevista recente, Donald Trump afirmou que Larry Ellison, presidente da Oracle, e Michael Dell devem estar entre eles.
Outros nomes citados pelo republicano são os de Lachlan Murdoch, que assumiu recentemente a Fox Corp e a News Corp, e de seu pai, Rupert Murdoch. Eles são conhecidos por suas visões conservadoras, alinhadas ao defendido por Trump. O governo dos Estados Unidos, por sua vez, não deve fazer parte do conselho.
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