TSMC avalia reforçar presença de chips avançados no Japão

A TSMC avalia expandir sua capacidade de produção de chips de dois nanômetros e estuda modernizar sua segunda fábrica em Kumamoto (Japão), para adotar um processo de fabricação de ponta.

A mudança teria como objetivo manter a relevância da unidade, cuja entrada em operação está prevista para os próximos anos, em um momento de forte aceleração da demanda por semicondutores avançados impulsionada pela inteligência artificial (IA).

TSMC considera upgrade radical em Kumamoto, no Japão (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

O setor de IA tem elevado a procura por nós de última geração, como o de 2 nm, que oferecem ganhos expressivos de desempenho e eficiência energética.

Empresas, como Nvidia, AMD e fabricantes de chips especializados (ASICs), vêm estruturando seus portfólios com base nesses avanços, reduzindo gradualmente o uso de processos mais antigos.

Segundo o site taiwanês Mirror Media, esse cenário levou a TSMC a reconsiderar os planos originais para sua fábrica japonesa.

Revisão de planos da TSMC em Kumamoto

  • A reportagem aponta que a primeira fábrica da TSMC em Kumamoto, dedicada ao nó de 28 nm para chips automotivos, enfrenta subutilização, já que a demanda do mercado migrou mais rapidamente para tecnologias mais modernas.
  • Inicialmente, a segunda fábrica deveria operar em 6 nm e depois ser atualizada para 4 nm, conforme noticiado pela Nikkei Asia. No entanto, uma revisão interna teria levado a empresa a mirar diretamente o processo de 2 nm.
  • A avaliação considera o tempo necessário para atingir produção em massa. Caso adotasse o nó de 4 nm, a fábrica levaria pelo menos dois anos para alcançar escala plena — período em que muitos clientes já estariam exigindo chips de 2 nm.
Plano pode modernizar segunda fábrica da TSMC em Kumamoto diante da demanda crescente por IA (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

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Concorrência local e incentivos

Outro fator é o avanço da japonesa Rapidus, que planeja iniciar a produção em massa de chips de 2 nm no início de 2027 e já fala em evoluir para 1,4 nm. Esse movimento pode ter acelerado a decisão da TSMC.

Há ainda a expectativa de que o governo japonês ofereça incentivos adicionais caso a empresa leve a produção de ponta para Kumamoto, reforçando a estratégia do país de se firmar como polo de semicondutores avançados.

Fábrica da TSMC no Japão pode saltar direto para o processo de 2 nanômetros (Imagem: Jack Hong/Shutterstock)

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