O Uber Eats vai ganhar uma nova opção de entrega para clientes nos Estados Unidos. A empresa vai integrar um sistema de entrega autônoma por drones da Flytrex na plataforma – e a promessa é de que comece a funcionar até o final deste ano.
“A entrega por drones tem o potencial de reduzir significativamente os tempos de entrega, diminuir custos e diminuir emissões em comparação aos métodos tradicionais, abrindo caminho para um futuro em que tudo, do jantar aos itens essenciais do dia a dia, chega em minutos, não em horas”, diz o comunicado.
Com esse passo, a Uber caminha para se tornar aquilo que vem indicando há algum tempo: tornar-se uma rede de entregas multimodal, para além de carros, bicicletas e entregadores, integrando robôs e, agora, entregas aéreas autônomas.
Na semana passada, a empresa anunciou que pretende oferecer passeios de helicóptero a partir de uma parceria com a Joby Aviation, fabricante de táxi aéreo elétrico. A ideia é que o serviço comece a operar no ano que vem em mercados selecionados.
“A tecnologia autônoma está transformando a mobilidade e as entregas com mais rapidez do que nunca”, disse Sarfraz Maredia, presidente de Mobilidade Autônoma e Entregas da Uber. “Juntos, vamos remodelar a forma como alimentos, itens de conveniência e outros itens essenciais circulam pelas cidades.”
Drone é o futuro
A Flytrex já tem expertise no setor, acumulando mais de 200 mil entregas nos EUA. A empresa é uma das quatro únicas prestadoras de serviços por drones autorizadas pela Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) para operações além da linha de visão (BVLOS).
“A promessa dos veículos autônomos chegou, redefinindo a logística em terra e no ar”, disse Noam Bardin, presidente executivo da Flytrex. “Os drones autônomos são o futuro da entrega de alimentos – rápidos, acessíveis e sem a necessidade de usar as mãos.”
O serviço também é oferecido pelo aplicativo próprio da Flytrex, disponível para iOS e Android, que promete “entregas no seu quintal em 5 minutos”. E funciona como plataformas semelhantes: o cliente navega pelos restaurantes disponíveis, adiciona itens ao carrinho, conclui a compra e acompanha o andamento do pedido e o voo do drone em tempo real.
Nas avaliações do serviço, clientes parecem estar satisfeitos com a empresa. Apesar de ser uma entrega rápida, não acontece exatamente “em 5 minutos”. A maioria relata que recebeu a comida em menos de 30 minutos – e o prato ainda quente, o que é um bônus. “Ter aquele drone jogando comida no meu quintal é sempre divertido”, brinca um cliente.
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Quando chega no Brasil?
Visualizar a cena de um drone pousando no quintal de uma casa no Brasil talvez leve um tempo para se tornar realidade. Isso porque o país ainda não tem uma regulamentação específica para delivery de alimentos por drone diretamente nas residências.
Um executivo do aplicativo Keeta, que será lançado no Brasil ainda neste ano, chegou a afirmar que tem expertise na área com a rede de logística na China – país sede da empresa –, mas que não poderia optar por essa estratégia aqui justamente por falta de regras pela ANAC. A declaração foi feita ao jornal Folha de São Paulo.
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