O Brasil desenvolveu um sensor revolucionário, com inteligência artificial, capaz de monitorar o cérebro de bebês prematuros à distância e salvar milhares de vidas. São 340 mil prematuros por ano no país, e metade deles corre risco de sequelas graves por falta de monitoramento adequado.
Até agora, equipamentos para isso eram caros, complexos e restritos a poucos hospitais especializados. Mas uma equipe do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) criou uma plataforma inovadora que promete mudar o cenário.
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Como funciona a tecnologia?
A novidade usa sensores flexíveis, leves e biocompatíveis, integrados a câmeras térmicas e sensores de movimento que monitoram o cérebro, o coração e a oxigenação em tempo real. Os dados são transmitidos via internet para médicos que acompanham o procedimento à distância.
O diferencial está no uso de componentes simples e de baixo custo, otimizados com inteligência artificial para interpretar os sinais, identificando precocemente possíveis distúrbios neurológicos que a criança possa apresentar. Convulsões que passam despercebidas nos métodos tradicionais, por exemplo, também podem ser detectadas.
A nova tecnologia não substitui o especialista médico. No entanto, ela amplia o acesso ao diagnóstico precoce e à intervenção rápida, evitando danos permanentes, principalmente em UTIs e hospitais com poucos recursos, aparecendo como alternativa ao eletroencefalograma convencional.
“Enquanto os equipamentos tradicionais requerem ambientes especiais, operadores treinados e interpretadores especializados, nossa plataforma foi projetada para funcionar com componentes modulares de mercado, sem a necessidade de salas específicas ou infraestrutura hospitalar sofisticada”, explicou o professor da UFRN, Richardson Naves Leão, em artigo publicado na plataforma The Conversation Brasil.
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