Varejistas apostam em IA para influenciar compras de fim de ano

Grandes varejistas dos Estados Unidos estão reformulando sua estratégia digital para a temporada de festas, como explica uma matéria da Reuters.

Em vez de concentrar esforços apenas em anúncios tradicionais no Google e redes sociais, empresas agora disputam espaço dentro de chatbots como ChatGPT e Gemini — cada vez mais usados por consumidores na busca por ideias de presentes, comparações de preços e até compras diretas.

Com US$ 253 bilhões previstos para as vendas online neste fim de ano, a corrida é para ser encontrado pelas ferramentas de IA generativa.

Segundo a Evertune.ai, marcas que antes publicavam poucos textos por mês agora chegam a produzir centenas, tentando tornar seus produtos mais “visíveis” para os modelos de linguagem.

Varejistas correm para se adaptar à era dos chatbots – Imagem: Blue Planet Studio/Shutterstock

Estratégias para conversar com robôs, não com pessoas

  • Como ainda não é possível anunciar diretamente nos principais chatbots, varejistas estão criando novos caminhos.
  • Isso inclui publicar mais conteúdo em blogs, produzir textos detalhados em redes como o Reddit e até manter sites invisíveis ao público, projetados exclusivamente para scrapers de IA — robôs que coletam informações e alimentam sistemas como ChatGPT e Gemini.
  • Os resultados iniciais animam o setor. De acordo com a Adobe Analytics, o tráfego gerado por IA para sites de varejo saltou 830% nos primeiros dias de novembro.
  • Usuários encaminhados por agentes de IA têm 30% mais chance de finalizar uma compra do que visitantes originados em buscas tradicionais.

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Empresas tentam entender como funcionam as recomendações de sistemas de IA enquanto consumidores migram para compras guiadas por conversas com chatbots – Imagem: Hadrian/Shutterstock

Pequena audiência, grande potencial

Apesar do crescimento, o volume ainda é modesto: em outubro, as referências do ChatGPT representaram menos de 1% do tráfego de gigantes como Amazon e Walmart. Mas empresas enxergam valor na “qualidade” desses visitantes.

A Brooklinen, por exemplo, intensifica parcerias com influenciadores para abastecer a IA com textos e transcrições, enquanto a R+Co compra anúncios baseados em perguntas feitas à assistente Alexa.

Google e Amazon também expandem recursos de IA voltados ao consumo, e redes como Walmart e Target já planejam apps que permitirão compras diretamente por chatbots.

Com consumidores usando assistentes de IA para decidir o que comprar, marcas disputam espaço em um ambiente sem publicidade tradicional – Imagem: Alexanderstock23/Shutterstock

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