Conforme noticiado (e transmitido ao vivo) pelo Olhar Digital, no último domingo (7) aconteceu um eclipse lunar total. O evento foi fotografado por pessoas de diversas partes da Terra – e fora dela também.
Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) puderam registrar imagens incríveis do fenômeno (e sem que nenhuma nuvem pudesse atrapalhar a observação do espetáculo).

Sobre o eclipse lunar total:
- Eclipses lunares só acontecem quando a Lua está na fase de cheia, passando parcial ou completamente pela sombra da Terra;
- Um eclipse lunar ocorre quando a sombra do planeta “esconde” a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;
- Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, projetando sua sombra sobre o nosso satélite natural;
- Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada);
- O evento mais recente teve 3 horas, 29 minutos e 24 segundos de duração;
- Foi o segundo e mais longo eclipse lunar do ano;
- A Lua ficou totalmente coberta por pouco mais de 1h e 20 minutos;
- Quando isso acontece, ela é chamada “Lua de Sangue”;
- A maior parte da Ásia, a faixa oriental da África e o oeste da Austrália puderam acompanhar o eclipse do início ao fim;
- No restante do continente africano, em boa parte da Europa e em outras áreas da Austrália pôde ser observado ao menos um trecho da parcialidade ou da totalidade.
Observação do eclipse lunar foi desafiadora para os astronautas
Embora a visibilidade não tenha sido comprometida por nenhuma condição meteorológica adversa, os astronautas enfrentaram outros problemas, como Zena Cardman, da NASA, explicou em uma publicação no X.
“É um desafio observar a Lua aqui em cima – não temos janelas voltadas para cima, então só podemos vê-la por alguns minutos entre o nascer e o pôr do sol antes que ela desapareça acima da ISS ou abaixo do horizonte”, escreveu a astronauta, acrescentando que lidar com a luz de baixo ângulo refletida através do vidro da cúpula de vários painéis foi uma complicação a mais.
My view from the @Space_Station of yesterday’s lunar eclipse. It’s a challenge to catch the moon up here – we don’t have any up-facing windows, so we can only see the moon for a few minutes between moonrise and moonset before it disappears above the ISS or below the horizon.… pic.twitter.com/gVU6DOhfCK
— Zena Cardman (@zenanaut) September 8, 2025
Mesmo assim, ela conseguiu capturar o eclipse, assim como seus colegas Jonny Kim, também da NASA, e Kimiya Yui, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA). Os três compartilharam seus registros na internet na segunda-feira (8).
“Tivemos apenas pequenas janelas de tempo para vislumbrar a Lua antes que ela fosse obstruída por partes da estação”, relatou Kim.
Here are some shots of yesterday’s lunar eclipse. We only had short windows of time to catch a glimpse of the moon before it was obstructed by parts of the @Space_Station. My crewmates, @zenanaut and @Astro_Kimiya were able to get some great shots as well. pic.twitter.com/XmJKHFqqxG
— Jonny Kim (@JonnyKimUSA) September 8, 2025
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Evento foi comemorado com jantar especial
Kimiya revelou que, depois de assistirem ao eclipse a partir do módulo russo do laboratório orbital, os astronautas iriam se deliciar com comida japonesa.
その後、ロシアモジュールの窓から、引き続き月食を見させていただきました!
後で、お礼に日本食を持っていこうっと! pic.twitter.com/E2qUvpBTgq— 油井 亀美也 Kimiya.Yui (@Astro_Kimiya) September 7, 2025
Recentemente, a tripulação da ISS preparou um “sushi espacial” com ingredientes comuns do estoque de suprimentos, como arroz, carne suína enlatada, peixe, biscoitos e condimentos. Uma versão reuniu camarão com biscoitos de trigo, mantidos pelo peso do molho. Outra levava algas, arroz, atum e presunto cru, que ficaram presos graças à umidade e à tensão superficial, segundo a NASA. Para evitar que flutuassem, os pratos foram fixados à mesa com velcro.

A culinária japonesa foi introduzida no laboratório orbital pelo astronauta Soichi Noguchi em 2010, e desde então tem sido uma das refeições favoritas em todas as expedições – por isso, nada melhor para apreciar em uma noite tão especial quanto a da “Lua de Sangue”.
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