Veja imagens do 3I/ATLAS mais próximo da Terra

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, na última sexta-feira (19), o cometa 3I/ATLAS atingiu o ponto mais próximo da Terra em sua passagem pelo Sistema Solar. O objeto interestelar estava a cerca de 270 milhões de km de distância – mais de uma vez e meia o espaço médio entre a Terra e o Sol, sem oferecer risco ao planeta.

Segundo a NASA, o horário da aproximação máxima foi 3h02 da manhã (pelo horário de Brasília). Na prática, porém, isso pouco muda ao longo de alguns dias a uma distância tão grande. Agora, ele começa a se afastar da região dominada pela gravidade do Sol e, aos poucos, vai deixando o Sistema Solar, seguindo viagem pela Via Láctea.

Representação artística do cometa 3I/ATLAS voando próximo à Terra (imagem meramente ilustrativa). Crédito: Gerada por IA/Gemini

Reunimos alguns dos melhores registros feitos do cometa durante esse período mais próximo da Terra. Mas antes de conferir as imagens, vamos relembrar os fatos de maior destaque sobre esse “forasteiro” cósmico.

3I/ATLAS: os marcos do corpo celeste mais famoso do ano

  • Quando foi descoberto, em julho, o objeto foi temporariamente chamado de A11pl3Z;
  • Ele foi identificado como um cometa interestelar logo no dia seguinte, recebendo os nomes de C/2025 N1 (ATLAS) e 3I/ATLAS (entenda aqui);
  • Em um dos primeiros estudos sobre o cometa, astrônomos estimaram que o objeto pode ter cerca de sete bilhões de anos;
  • Isso faz dele mais velho que o Sistema Solar;
  • Não demorou para surgirem especulações sobre possível origem tecnológica alienígena;
  • Refutada pela maioria dos cientistas, a ideia foi descartada pela NASA;
  • A teoria se baseia em detalhes como a composição química “bizarra” do corpo celeste, com a presença de níquel atômico, por exemplo;
  • Missão SPHEREx, lançada pela NASA em março para mapear o céu em infravermelho a fim de investigar a origem do Universo, detectou dióxido de carbono na nuvem de gás que envolve o núcleo do cometa;
  • Essa nuvem, chamada coma, brilha em verde e tem quase 350 mil km de extensão;
  • Imagens capturadas por telescópios em solo mostram que o 3I/ATLAS desenvolveu uma cauda voltada para o Sol – chamada de anticauda;
  • O objeto atingiu o periélio (ponto mais próximo da estrela) em 29 de outubro;
  • Antes disso, ele passou relativamente próximo a Marte, sendo analisado por espaçonaves que orbitam o planeta;
  • Missões dedicadas a investigar Júpiter e suas luas, como a Juno e a Europa Clipper, ambas da NASA, e a JUICE, da Agência Espacial Europeia (ESA), também estão sendo aproveitadas para estudar o ilustre visitante;
  • Após dias desaparecido no brilho solar, o cometa voltou a aparecer no céu da Terra;
  • Cientistas notaram que ele apresentou uma mudança de cor e uma aceleração diferente;
  • A alteração de cor foi prontamente desmentida pelos cientistas envolvidos na observação, e o “modo turbo” foi explicado em um estudo recente (saiba detalhes aqui);
  • Objeto emitiu sinal de rádio captado no momento em que ele ultrapassava a metade de sua rota pelo Sistema Solar;
  • Recentemente, a NASA divulgou imagens do 3I/ATLAS captadas por 20 espaçonaves ao longo de mais de um mês;
  • Novas observações apontam que ele pode estar coberto por “vulcões de gelo” em atividade;
  • Um observatório espacial da ESA detectou sinais de raios X no 3I/ATLAS – a primeira emissão desse tipo detectada em um objeto interestelar;
  • Depois de atingir o ponto de aproximação máxima com a Terra, ele começa a trilhar o trajeto final para deixar o Sistema Solar;
  • Em março que vem, quando passar por Júpiter, o cometa pode ter sua rota levemente alterada pela força gravitacional do planeta.

Cometa é acompanhado por astrofotógrafos em todo o mundo

O interesse científico no 3I/ATLAS é grande porque ele é apenas o terceiro objeto já identificado vindo de fora do Sistema Solar. Antes, somente o asteroide 1I/’Oumuamua, em 2017, e o cometa 2I/Borisov, em 2019, haviam sido confirmados como interestelares.

Esses corpos funcionam como cápsulas do tempo. Eles carregam material formado em torno de outras estrelas, permitindo comparar ambientes muito diferentes do nosso. Ao analisá-los, os cientistas podem entender melhor como surgem cometas, asteroides e até planetas em outras regiões da galáxia.

Embora as descobertas sobre o 3I/ATLAS sejam valiosas para a astronomia, e muito ainda esteja por vir, as imagens são um caso à parte, ao combinar informação científica e um impacto visual raro.

O 3I/ATLAS fotografado com o telescópio inteligente computadorizado Seestar S50 em terras do Departamento de Gestão de Terras dos Estados Unidos, ao sul de Brenda, no Arizona, na noite de aproximação máxima do cometa com a Terra. Crédito: Elwood McKay via Spaceweather.com

Leia mais:

Imagem do cometa 3I/ATLAS capturada em 19 de dezembro de 2025, dia da aproximação máxima com a Terra, a partir de Aguadilla, Porto Rico. Crédito: Efrain Morales via Spaceweather.com
O cometa 3I/ATLAS registrado em 19 de dezembro de 2025 com o iTelescope T24, com tempo de integração de 15 minutos, a partir do Observatório Remoto Sierra em Auberry, Califórnia, EUA. Crédito: Eliot Herman via Spaceweather.com
Nesta imagem impressionante, o 3I/ATLAS exibe suas duas caudas durante o momento de maior aproximação da Terra. Ao fundo, aparecem galáxias localizadas na constelação de Leão. Crédito: Sebastian Voltmer via Spaceweather.com
Cometa 3I/ATLAS a uma distância mínima da Terra em 19 de dezembro de 2025, fotografado pelo Telescópio de Liverpool, Inglaterra. Crédito: Filipp Romanov via Spaceweather.com

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