Conforme noticiado pelo Olhar Digital, um corpo espacial externo está passando pelo Sistema Solar – o cometa C/2025 N1 (ATLAS). Como ele é o terceiro objeto interestelar já registrado na história, também é chamado de 3I/ATLAS. E o Observatório Europeu do Sul (ESO) acaba de divulgar as imagens mais nítidas feitas até agora desse novo visitante.
As imagens foram feitas pelo Very Large Telescope (VLT), um dos telescópios mais potentes do mundo, que fica no Chile. Elas mostram o cometa se movendo lentamente pelo céu em um vídeo de lapso de tempo feito dois dias após a descoberta do objeto. De acordo com um comunicado do ESO, trata-se do melhor e mais profundo registro já feito de um objeto interestelar.
Cometa interestelar se aproxima do Sol em outubro
O 3I/ATLAS foi encontrado em 1º de julho de 2025 por um telescópio do projeto ATLAS, localizado no Chile e financiado pela NASA. Na época, o cometa estava a cerca de 670 milhões de km do Sol. A análise da trajetória confirmou uma órbita muito alongada e aberta, comprovando que ele vem de fora do Sistema Solar.
Atualmente, o objeto está dentro da órbita de Júpiter, mas quase no lado oposto ao Sol, longe da influência gravitacional do planeta. Estimativas iniciais apontam que ele tem cerca de 20 km de largura e viaja a uma velocidade de aproximadamente 66 km/s. Com a força gravitacional do Sol, ele deve acelerar ainda mais.
A previsão é que atinja o ponto mais próximo da nossa estrela-mãe em outubro, mas como vai passar por trás dela, sua observação será prejudicada. O cometa voltará a ser visível em dezembro, quando estiver deixando o Sistema Solar em direção ao espaço profundo.
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Primeiro visitante interestelar foi confundido com nave alienígena
O cometa 3I/ATLAS foi detectado oito anos depois do misterioso 1I/‘Oumuamua, cujo nome, segundo a NASA, significa “um mensageiro de longe que chega primeiro”, em havaiano. Esse objeto agitou a comunidade científica quando surgiu em 2017, levantando suspeitas até de que pudesse ser uma espaçonave alienígena, devido ao formato e movimento incomuns, à aceleração inesperada e à falta de uma cauda que pudesse caracterizá-lo como cometa. Entre 2019 e 2020, também passou por aqui o cometa 2I/Borisov.
Além do VLT, telescópios espalhados por todo o planeta vão seguir monitorando o mais recente “forasteiro” enquanto ele ainda estiver ao alcance. O objetivo é entender melhor sua aparência, do que é feito e de onde exatamente ele veio. Será que esse viajante espacial guarda algum segredo? É esperar pra ver!
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