Um vírus gigante escondido nas águas do Oceano Pacífico foi recentemente descoberto por cientistas. Em uma pré-publicação no bioRxiv, a equipe destacou que a criatura tem características “incomuns”, com destaque para uma cauda cujo tamanho é o maior já registrado até hoje entre microrganismos do tipo.
Entenda:
- Um novo vírus gigante com a maior cauda já registrada foi descoberto no Oceano Pacífico;
- Batizado de PelV-1, o vírus tem duas caudas – a maior delas com 2,3 micrômetros (µm) de comprimento por 30 nanômetros (nm) de largura;
- Seu capsídeo – estrutura que envolve o material genético do vírus – também supera a maioria dos vírus comuns, com 200 nanômetros;
- Análises apontam que PelV-1 ainda possui genes capazes de influenciar o metabolismo e o comportamento de seus hospedeiros;
- A cauda, aliás, serve para que o vírus se agarre ao alvo, apoiando o processo de infecção.

A descoberta, batizada de PelV-1, pode até não parecer tão grande aos nossos olhos, mas seu tamanho é impressionante para os padrões virais. Para se ter uma ideia, o novo vírus tem duas caudas, e a maior delas mede 2,3 micrômetros (µm) de comprimento por 30 nanômetros (nm) de largura.
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Cauda de vírus gigante do Pacífico é a maior já registrada

De acordo com os pesquisadores, PelV-1 tem um capsídeo – estrutura que envolve o material genético do vírus – de 200 nanômetros, superando com folga a da maioria dos vírus comuns. São poucos os exemplos que possuem cauda, e, nesses casos, eles costumam ser pequenos – o que torna a novidade do Pacífico ainda mais impressionante.
Análises também revelaram que o vírus PelV-1 possui genes ligados ao metabolismo de aminoácidos, carboidratos, lipídios e outros, sugerindo que “vírus gigantes podem potencialmente influenciar não apenas o metabolismo do hospedeiro, mas também seu comportamento”, escreveu a equipe.
Vírus usa cauda para se fixar em hospedeiros

Os cientistas descobriram que PelV-1 usa a cauda para se prender ao hospedeiro – no caso, o fitoplâncton marinho dinoflagelado Pelagodinium – e, então, é engolido por ele. Assim que o vírus infecta seu alvo, a cauda desaparece – o que pode significar que seu desenvolvimento só acontece fora do fitoplâncton.
Ainda que as vantagens da cauda mais longa do vírus sejam desconhecidas até o momento, os pesquisadores destacam que a descoberta “expande o escopo da diversidade morfológica e metabólica dos vírus e sugere que muitos outros vírus marinhos incomuns aguardam descoberta”.
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